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Fórum discute como a liberdade religiosa no mundo corporativo favorece os negócios

congresso nos Estados Unidos sobre liberdade religiosa e os negócios
Dwayne Leslie (ao centro): diretor associado de relações públicas e liberdade religiosa da igreja mundial foi um dos palestrantes dos evento realizado nos Estados Unidos. Foto: reprodução Adventist Review

Empresas que respeitam a liberdade de crença de seus funcionários têm mais chances de crescer. Essa foi a ênfase de um congresso realizado no dia 12 de janeiro em Washington, capital norte-americana, com o título “Religious freedom and business: a way forward” (Liberdade religiosa e negócios: um caminho a seguir). Na opinião de Brian Grim, presidente da Fundação de Liberdade Religiosa e Negócios, entidade que organizou o evento, as companhias que agem dessa forma criam um clima mais favorável à inovação, o que é um fator determinante para o sucesso empresarial. “A liberdade de ser quem você é, onde você estiver, é uma das grandes fontes de inovação”, ele afirmou.

O advogado Dwayne Leslie, diretor associado de relações públicas e liberdade religiosa da Igreja Adventista mundial, foi um dos palestrantes convidados para o evento. Ele disse que tem incentivado as empresas a respeitar as crenças religiosas de seus empregados porque, além de ser uma atitude politicamente correta, ela também contribui para o crescimento delas.

No entanto, ele observou que ainda é muito comum no mundo corporativo a crença de que “se adequar às necessidades religiosas dos funcionários contribui para um ambiente de trabalho menos eficiente”. Em sua palestra, o advogado lembrou o caso da jovem Samantha Elauf, que não teria sido aceita para trabalhar em uma das lojas da marca de roupas Abercrombie & Fitch por usar véu. Em junho de 2015, os juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos decidiram a favor da jovem muçulmana. Ao mencionar o caso que repercutiu na imprensa internacional, Leslie chamou a atenção para o fato de que sentenças judiciais como essa podem alimentar o conflito entre os interesses comerciais e a liberdade religiosa.

Na opinião de Dwayne Leslie, embora a adequação das empresas às crenças de seus servidores exija certo esforço, tal postura é benéfica sob todos os aspectos. “Vemos que proteger essas liberdades fundamentais resulta em uma corporação mais estável e com uma força de trabalho mais forte, diversificada e produtiva. É bom para os trabalhadores, bom para os negócios, bom para o país e é bom para a causa dos direitos humanos e da liberdade religiosa”, frisou.

Para ele, o primeiro passo para mudar a mentalidade das empresas e a relação entre patrões e funcionários é fortalecer a comunicação entre eles. [Daniela Fernandes / com informações da Adventist Review]

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Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.