Maravilhe-se com o Criador

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Obra investiga evidências de planejamento na natureza

maravilhasdacriacaoHá pouco mais de um mês, o biólogo Richard Dawkins esteve no Brasil para ministrar palestras. O britânico de 74 anos, um dos principais militantes evolucionistas da atualidade, não perdeu a oportunidade de provocar cientistas religiosos. Em uma entrevista foi taxativo: “O criacionismo é um insulto ao intelecto.” Em outra, para uma importante revista semanal, declarou que “a religião e a ciência são inteiramente incompatíveis”.

No fim dessa entrevista, Dawkins deu conselho para os jovens cientistas: “Inspire-se na maravilha do Universo, do mundo e da vida, e, portanto, sempre mantenha em mente essa ampla perspectiva.” Ao referir-se aos encantos do Universo, infelizmente, o famoso cientista ignorou as evidências de planejamento, algo que Gerald Vyhmeister destaca em sua obra Maravilhas da Criação: Evidências de um Projeto Inteligente, lançado pela CPB.

O professor Vyhmeister é chileno e tem ampla formação acadêmica. Graduado em Teologia, Biologia e Química, obteve dois doutorados: um em Educação e outro em Biologia. Com sólida carreira docente, desenvolvida em várias universidades adventistas ao redor do mundo, atualmente ele auxilia em projetos da Universidade Adventista do Chile e dirige um programa sobre criacionismo para a rádio Nuevo Tiempo.

O livro Maravilhas da Criação está dividido em cinco partes e contém 25 capítulos. Com 224 páginas, a obra apresenta detalhes interessantes da natureza, contrastando explicações evolucionistas com criacionistas e indicando os pontos fortes e as limitações de ambas as teorias. Quem supõe que o livro seja repleto de termos técnicos rebuscados e conceitos difíceis está muito enganado. Sem abrir mão do embasamento científico, Gerald Vyhmeister é didático e tem linguagem agradável.

Na primeira parte, o autor discute tópicos relacionados às questões essenciais, como a origem da vida, a estrutura celular, o surgimento do homem e a possibilidade de haver variações nas espécies. A comparação entre os principais pontos da teoria da evolução e da criação ocorre de maneira mais enfática nesses capítulos.

Na sequência, Vyhmeister trata de assuntos relativos à idade da Terra, ao dilúvio e à formação de fósseis. Ainda nessa seção, ele se dedicou a explicar conceitos fundamentais acerca de geleiras e desertos, bem como de vulcões e terremotos. Uma discussão muito oportuna avaliada nessas páginas está relacionada com as modalidades e a validade dos métodos de datação.

Na terceira seção, o autor expõe curiosidades alusivas à origem da semana, envelhecimento, aquisição de alimento, obtenção de energia e fenômenos como a tensão superficial e a flutuabilidade. Vyhmeister relaciona esses assuntos com o debate sobre as origens e mostra a necessidade de um Engenheiro maior ter concebido a Terra.

Com riqueza de exemplos, a quarta parte traz evidências de planejamento no processo de polinização das plantas; na capacidade instintiva, de reprodução e regeneração dos animais; nos recursos de defesa dos organismos; na regularidade com que funciona o relógio biológico e na aerodinâmica dos animais voadores.

Por último, o autor descreve particularidades fascinantes do corpo humano, indicando que é razoável crer num Criador que deixou sua assinatura em cada detalhe dos seres criados. Por exemplo, ao refletir acerca do nascimento de um bebê, é impossível não se impressionar com o conjunto de processos simultâneos que ocorre na criança e na mãe a fim de que ocorra um parto bem-sucedido.

Maravilhas da Criação foi escolhido para o clube de leitura de 2015 dos universitários e é mais uma boa opção da CPB, à semelhança de outros dois títulos criacionistas da editora: Mistérios da Criação (2013) e A História da Vida (2011). Com temática ampla, estrutura didática e tom professoral, certamente a obra será apreciada por um vasto público, desde estudantes e docentes até aqueles que desejam conhecer mais sobre as evidências científicas do criacionismo. Complementando o conselho de Dawkins: “inspire-se na maravilha do Universo, do mundo e da vida”; renda-se às evidências do Criador.

WELLINGTON BARBOSA é mestre em Teologia e editor de livros na Casa Publicadora Brasileira

TRECHO

Não há prova científica que demonstre como o Universo, a Terra e os seres vivos se originaram. Tanto o evolucionista quanto o criacionista precisam crer que tudo ocorreu como suas teorias afirmam. Ambos necessitam ter “fé”, por assim dizer, nessa teoria. O criacionista tem fé no que a Bíblia diz e nas evidências da natureza que apontam para um Legislador, Engenheiro e Artista. O evolucionista tem fé em suas suposições e deduções. Ainda que não queira, o evolucionista é obrigado a ter fé no que não pode observar nem experimentar, apesar de afirmar, segundo suas próprias definições, que a fé está fora do campo da ciência.

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Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.