Vítima do massacre

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Um dos estudantes mortos pelos atiradores em Suzano era adventista
DA REDAÇÃO
Alunos e funcionários da escola que foram mortos no ataque desta quarta-feira estão sendo velados na Arena Suzano. Foto: Oliveiros Jr.

Até pouco tempo atrás, ataques em escolas costumavam ser registrados apenas em países como os Estados Unidos. Casos famosos como o de Columbine, no Colorado, chegaram a virar filme e gerar vários documentários. Infelizmente, nas últimas duas décadas, essas tragédias também passaram a fazer parte da realidade brasileira com bastante frequência.

Desde 2002, o país registrou pelo menos seis casos de grande repercussão. Em outubro de 2017, por exemplo, um segurança colocou fogo em uma creche em Janaúba (MG), tirando a vida de oito crianças e de uma professora. No mesmo mês e ano, um estudante de 14 anos disparou uma arma de fogo dentro de uma escola em Goiânia (GO), matando dois estudantes e ferindo quatro. Outra grande tragédia ocorreu no bairro Realengo, no Rio de Janeiro, em abril de 2011, quando 12 crianças foram mortas e 13 foram feridas por um homem de 23 anos que atirou contra alunos em salas de aula lotadas.

Nesta semana, o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, entrou para a história dos mais sangrentos registrados em escolas no Brasil. Semelhantemente ao que ocorreu em Columbine há 20 anos, dois ex-alunos (um de 17 anos e outro de 25) entraram armados e encapuzados no colégio e tiraram a vida de cinco alunos e dois funcionários, além de ferir 11. Antes de chegar ao colégio, eles já tinham matado um comerciante. Logo depois, se suicidaram, totalizando dez mortes.

No início desta semana, Samuel e o pai participaram de um encontro sul-americano da igreja em Jacareí (SP). Eles foram convidados para falar como usavam a criatividade para divulgar os conteúdos da Lição da Escola Sabatina. Foto: Caio Oliveira

Uma das vítimas do massacre foi Samuel Melquíades Silva de Oliveira, de 16 anos, membro da Igreja Adventista Central de Suzano. Por ser um jovem ativo na igreja, na última segunda-feira (11) Samuel havia participado de um importante encontro missionário sul-americano realizado na sede da TV Novo Tempo, em Jacareí (SP). Na ocasião, ele e o pai, Gercialdo, foram homenageados pelo trabalho voluntário que realizavam, ilustrando semanalmente as lições da Escola Sabatina com o objetivo de facilitar a compreensão do guia de estudo da Bíblia.

Em nota, a sede administrativa da igreja na região destacou que “Samuel era atuante e comprometido com as atividades promovidas pela Igreja Adventista de Suzano, onde dedicava seus talentos para apoiar as ações de sua congregação”.

Em sua mensagem, a liderança da Associação Paulista do Vale (APV) também expressou solidariedade a todos os familiares das vítimas: “Através da ação pastoral dioturna e disposição das instituições de apoio da igreja, reiteramos nossas condolências, respeito e ajuda aos familiares enlutados e amigos neste momento de dor”.

Em tom de esperança, a nota de condolências também relembrou a promessa bíblica da ressurreição: “Nos confortamos na certeza da breve volta de Cristo, quando ‘dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro’ (1 Tessalonicenses 4:16)”. [Equipe RA, da Redação]

Última atualização em 14 de março de 2019 por Márcio Tonetti.