Um dia decisivo

2 minutos de leitura

slider-votacao-ordenacao-de-mulheres-assembleia-mundial-18-3A expectativa em relação às decisões da assembleia mundial da Igreja Adventista nesta quarta, 8 de julho, estava no ar. Que a agenda era um dos pontos altos da assembleia, ninguém duvidava. Afinal, o tema da ordenação de mulheres ao ministério prometia ser um divisor entre o passado e o futuro da igreja.

Alguns diferenciais puderam ser notados desde o início: a liderança reservou um dia inteiro para tratar do assunto; foram escalados alguns dos líderes mais experientes para coordenar as atividades; o auditório estava bem mais cheio do que de costume; e a promessa era contabilizar o “sim” e o “não”, pelo voto secreto, no fim da tarde.

O pastor Mark Finley, respeitado evangelista, liderou os momentos iniciais de oração. Destacou que somos apaixonados a respeito de muitas coisas, mas devemos manter o espírito de amor e a união em Cristo.

A música instrumental “Quão Grande És Tu”, apresentada pela banda Ensamble de Metales, da Universidade de Montemorelos, no México, deu um tom solene ao evento, sugerindo que o Deus transcendente está acima dos debates humanos.

No devocional que tradicionalmente marca o início das atividades de cada dia da assembleia, Alain Coralie, da Divisão Centro-Leste Africana, apresentou uma vibrante mensagem intitulada “Through Trials to Triumph”, certamente uma das melhores do evento.

Com base em Josué 4, ele retratou o povo de Israel jornadeando pelo deserto durante 40 anos, rumo à terra prometida. A travessia do Jordão exigia um milagre divino, mas também a preparação do povo, que deveria dar um passo de fé.

Então, destacando a importância de se manter o olhar na história, ele fez uma ponte para o adventismo e acrescentou: “Se não soubermos por que chegamos aqui, não saberemos como chegar lá.” Segundo Alain, Deus tem sido bom para nós como denominação e como indivíduos. Se não fosse assim, não estaríamos aqui.

“A igreja não deve esquecer sua história, mas não pode ficar presa ao passado”, acrescentou. Por definição, os adventistas olham para o futuro. Enquanto não devemos esquecer os sofrimentos e as conquistas dos pioneiros, nós mesmos fomos chamados para ser pioneiros, ele completou.

Na sequência, depois de mais oração, Michael Ryan, vice-presidente da denominação que está se aposentando, assumiu o comando dos trabalhos. Se alguns têm um estilo suave de presidir, como Ella Simmons, que atuou no dia anterior, Ryan é conhecido por sua firmeza. Considerando a pauta difícil, ficou claro que ele não foi escolhido por acaso.

Ryan começou observando que em um grupo grande como o da igreja há muitas ideias diferentes, e todos deveriam ser respeitosos em seus comentários. E que o mesmo espírito revelado em um encontro da igreja mundial em 2014 deveria ser manifestado. Para ele, o objetivo era ter o maior número possível de pessoas expressando sua opinião nos microfones.

Para continuar lendo o relato detalhado desse dia histórico para a igreja mundial, clique aqui.

Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.