Administrador e professor

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Do escritório à sala de aula, Edinor Gruber (1952-2021) dedicou mais de 40 anos à igreja, deixando para as futuras gerações um grande legado profissional e ético

Márcio Tonetti

Ao longo de seu ministério, também serviu como voluntário na igreja local, especialmente no ministério da Escola Sabatina. Foto: perfil do Facebook

Apenas 25 dias depois do diagnóstico de um câncer, o administrador e professor catarinense Edinor Max Gruber faleceu aos 69 anos (11/5/1952-4/11/2021). Sua jornada foi relativamente curta, mas seu ministério, longevo e frutífero.

De Benedito Novo, terra de pioneiros do adventismo no Brasil, Edinor ingressou na organização adventista em 1973, trabalhando primeiramente na Associação Paulista como gerente financeiro e contador. Quase uma década depois, foi chamado para a Missão Sul-Mato-Grossense, onde exerceu os cargos de tesoureiro e secretário até 1984. No ano seguinte, foi nomeado diretor financeiro da CPB, permanecendo na função por 17 anos. Atuou em um contexto desafiador, marcado por uma profunda crise econômica no país e pela transição da matriz da editora de Santo André para Tatuí.

No início dos anos 2000, Edinor foi chamado para o Unasp, campus São Paulo. Além de ter um papel importante na implantação de novos processos de controle administrativo e gestão acadêmica, contribuiu para que a faculdade alcançasse o status de centro universitário. Trabalhou ali como diretor administrativo e professor dos cursos de Administração e Ciências Contábeis até se aposentar em 2017.

“Nada mais justo para uma longa carreira como administrador financeiro terminá-la como professor”, expressou o filho, Alessandro, por meio de um testemunho lido no funeral do pai.

Aliás, Edinor sempre valorizou a educação como caminho para a transformação e o crescimento em todos os sentidos. Quando criança, vivendo no interior, caminhava quilômetros para ter acesso à escola. E, na juventude, trabalhou para pagar os estudos no antigo Instituto Adventista de Ensino (atual Unasp, campus São Paulo).

Graduou-se em Administração, em 1977, e deu uma grande contribuição para a Igreja Adventista nessa área. “Foi um exemplo de servidor da obra de Deus, profissional honesto, justo e sempre fiel”, define o sobrinho, Levi Gruber, que morou com o tio por um tempo.

Em mensagem destinada aos familiares, o diretor da editora adventista da Espanha, pastor Mário Martinelli, que trabalhou com ele na sede da igreja para o Mato Grosso do Sul e também na CPB, acrescentou que “ele era cristão, sensível, amável, alegre, honesto e comprometido com a missão”.

Ele amava os números, mas também a arte. Era um “arquivo” musical, pois reproduzia muitas canções de memória. No trabalho e na vida, não deixou de revelar seu lado emotivo e carinhoso, apesar de, às vezes, ser inflexível em suas opiniões.

Seu hobby era viajar com a família e curtir a natureza. Deixa a esposa, Darcy (com quem foi casado por mais de quatro décadas), os filhos, Alessandro e Anderson, as noras, Suzana e Bruna, e os netos, Leo e Eva.

MÁRCIO TONETTI é editor associado da Revista Adventista

Última atualização em 22 de dezembro de 2021 por Márcio Tonetti.