Tempo de mudanças

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A igreja precisa falar a linguagem de hoje sem comprometer seus valores
Fotos: Ansel Oliver / Fotolia
Fotos: Ansel Oliver / Fotolia

É incrível observar como as coisas mudam de forma cada vez mais rápida e intensa. No dia 20 de setembro de 2013, a Apple lançou sua última geração de celulares, os iPhones 5C e 5S. Eles foram apresentados como a grande inovação do momento. A ansiedade dos consumidores foi tão grande que 9 milhões de aparelhos foram vendidos no primeiro final de semana.

Apenas 11 meses depois, no dia 9 de setembro de 2014, a Apple já apresentou seus novos lançamentos, os iPhones 6 e 6 Plus. Eles superaram completamente os equipamentos anteriores e venderam 10 milhões de aparelhos no primeiro final de semana. O número só não foi maior porque acabaram os estoques. O lançamento não envolveu apenas um novo produto, mas uma grande atualização. A nova versão chega a ser 50 vezes mais rápida que a original e até 84 vezes mais veloz no processamento gráfico. Tudo isso com uma bateria até 50% mais eficiente.

Tudo está em permanente mudança. A Apple, com seus desejados equipamentos eletrônicos, é apenas um exemplo, mas a mesma realidade pode ser vista em carros, roupas e computadores, entre outras coisas. As mudanças estão acontecendo, queiramos ou não. O que não muda morre!

Diante disso, qual deve ser a atitude da igreja? Para alguns, mudanças provocam reação negativa. Parece que a modernidade rompe com nossa história e nos afasta de nossos valores. Isso acontece quando ela é feita simplesmente por querer ser moderno, sem levar em conta os princípios que sustentam nossa fé.

Por outro lado, precisamos estar em sintonia com nosso tempo. A igreja precisa ser relevante e falar a linguagem de hoje. Nosso desafio continua sendo modernizar sem mundanizar. Estar ancorados na rocha, mas ajustados ao tempo. Buscar o que é mais relevante aos tempos de hoje sem comprometer nossos princípios, estilo de vida ou os valores que levam a igreja para mais perto de Deus. Encontrar este ponto de equilíbrio, sem passar dos limites, precisa ser fruto de muito diálogo, estudo, prudência e oração.

Temos buscado encontrar este caminho com muito cuidado e clara determinação. Não podemos nos contentar em continuar fazendo as mesmas coisas simplesmente porque deram certo no passado. Há novas possibilidades e oportunidades diante de nós. Precisamos continuar investindo no que tem dado certo e inovando naquilo que pode potencializar a qualidade espiritual da igreja e o cumprimento da missão. Estamos investindo fortemente em televisão, internet e redes sociais. Também em aplicativos para dispositivos móveis, uso de satélite para treinamento e evangelismo e na renovação de nossos templos. São iniciativas equilibradas, mas ao mesmo tempo inovadoras e atuais, que têm sido uma tremenda bênção para a igreja.

Agora, a renovação também chegou à Revista Adventista. Por mais de um século, ela tem sido uma bênção à unidade e profundidade da igreja, mas precisa continuar comunicando-se com a nova geração, sendo a voz da igreja e uma bênção aos leitores. Queremos modernizar o visual e a linha editorial, mas ao mesmo tempo continuar oferecendo alimento sólido. Queremos seguir investindo no papel, mas também entrar fortemente no mundo digital, com um aplicativo especial e a ampliação do site da revista, onde serão disponibilizados os exemplares que têm feito história e materiais complementares.

A Casa Publicadora Brasileira preparou um plano extremamente especial para que você faça sua assinatura e presenteie outros membros de sua família. Una-se a nós neste processo de renovação, buscando manter a Revista Adventista profunda, atual e relevante para nossos dias.

Erton Köhler é presidente da Igreja Adventista para a América do Sul

Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Taffarel Toso.