Educação física inclusiva

2 minutos de leitura
Colégio adventista ensina lições de respeito, solidariedade, superação e inclusão social por meio do esporte
Créditos: Divulgação IASP
No Unasp, campus Hortolândia (SP), alunos da educação básica aprendem nas aulas de educação sobre esportes adaptados para deficientes físicos. Créditos: Eduardo Fonseca

Basquete em cadeira de rodas, futebol para cegos, voleibol para pessoas que sofreram amputações. Para um grupo de alunos de um colégio adventista do interior de São Paulo, há cinco anos essas modalidades esportivas passaram a fazer parte das aulas de educação física. Foi um meio encontrado pela escola para ensinar lições de respeito, solidariedade e inclusão social por meio do esporte.

O professor Tércio Nascimento explica que, além de aprender sobre a história e às regras de algumas dessas modalidades esportivas, os alunos têm a oportunidade de entrar em quadra e praticá-las. No entanto, na opinião dele, o objetivo principal é levar os estudantes a experimentar uma mudança de atitude. “Com essas aulas não pretendemos promover apenas o conhecimento referente às diferentes deficiências e ressaltar a importância da prática esportiva. Buscamos incentivar lições de solidariedade e respeito”, afirma.

No dia do profissional de Educação Física, equipe de reportagem de afiliada da Globo para a região produziu material sobre o projeto (foto: Eduardo Fonseca)
No dia do profissional de Educação Física, comemorado em 1° de setembro, equipe de afiliada da Globo na região de campinas (SP) produziu reportagem sobre o projeto. Créditos: Eduardo Fonseca

Criado pelo Unasp, campus Hortolândia (SP), o projeto Esportes Adaptados chamou a atenção do programa Mais Caminhos, veiculado pela afiliada da Rede Globo em Campinas (SP). Na última quinta-feira, 1º de setembro, uma equipe de reportagem da emissora filmou as aulas de educação física e entrevistou os participantes. Durante as filmagens, o apresentador do programa, Pedro Leonardo, fez questão de experimentar cada uma das modalidades e participar dos jogos com os alunos. “Fui bem recebido pelas turmas, mas confesso que jogar basquete de cadeira de rodas deixou meus braços doloridos”, brincou Leonardo.

A iniciativa, que foi inserida no currículo escolar há cinco anos, resultou de uma parceria com a Faculdade de Educação Física do campus. O curso empresta os materiais necessários, como as cadeiras de rodas e outros equipamentos específicos, envia graduandos como estagiários para acompanhar as aulas e ajudar a desenvolver as atividades. Dessa forma, ao mesmo tempo que os alunos do ensino fundamental e médio experimentam atividades desenvolvidas para deficientes, os universitários aprendem como poderão adaptar suas futuras aulas para incluir alunos com algum tipo de necessidade especial.

O conteúdo costuma ser trabalhado no mês de outubro. Porém, neste ano a escola decidiu antecipar a abordagem do tema, aproveitando o contexto dos Jogos Paralímpicos que acontecerão no Rio de Janeiro entre os dias 7 e 18 de setembro.

Para Marcel de Paula, estudante do nono ano que participou do basquete de cadeira de rodas, o esporte é muito mais difícil do que parece. “Todos os movimentos são mais complicados de fazer, tanto a cesta quanto marcar os colegas ou passar a bola. Faz a gente pensar como esses caras que jogam são bons e fortes por terem a habilidade de jogar e ainda movimentar a cadeira de rodas com velocidade”, conclui. [Glória Barreto, equipe RA]

Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.