Novo estudo

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Pesquisa publicada no site de um prestigiado periódico da American Cancer Society mostra que os adventistas de Loma Linda têm cerca de 30% menos chances de morrer de câncer, bem como de outras causas, do que a população em geral
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Um novo estudo comparativo realizado pela Universidade de Loma Linda, nos Estados Unidos, constatou que os adventistas dessa região do país (uma das chamadas “blue zones”) têm taxas mais baixas de morte prematura e câncer em relação à população norte-americana em geral. Publicado no site da revista CANCER, prestigiado periódico da American Cancer Society, o estudo também encontrou resultados semelhantes ao comparar adventistas negros e outros grupos afro-americanos.

O estilo de vida promovido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia inclui não fumar, ter uma dieta à base de vegetais, praticar exercícios regularmente e se manter dentro do peso normal. Pesquisas anteriores já haviam sugerido que os adventistas têm menor risco de muitos tipos de câncer, doenças cardíacas e diabetes, e que, na Califórnia, eles vivem mais do que a população em geral. No entanto, os resultados variam de acordo com o tipo de câncer, com poucos dados publicados para indivíduos negros.

Para fornecer informações adicionais, Gary Fraser, diretor do novo estudo, e seus colegas de equipe compararam as taxas de mortalidade e a incidência de câncer entre uma população adventista nacional e uma amostra representativa da população dos Estados Unidos. Especificamente, os pesquisadores analisaram dados do Adventist Health Study-2 (AHS-2) e de uma população do Censo dos EUA, e ajustaram as diferenças de educação, localização da residência e hábitos passados ??como fumar, para que esses fatores não explicassem nenhum dos resultados.

A equipe encontrou taxas de mortalidade significativamente mais baixas por qualquer causa, bem como uma menor incidência de todos os tipos de câncer combinados na população adventista (em 33% e 30%, respectivamente), além de menor incidência de tipos específicos da doença, como câncer de mama, colorretal, retal e de pulmão (em 30%, 16%, 50% e 30%, respectivamente). As taxas de mortalidade e a incidência de todos os cânceres combinados também foram significativamente menores entre os adventistas negros, em comparação com a população negra do Censo dos EUA (em 36% e 22%, respectivamente).

“Essa é a primeira confirmação de relatórios anteriores, agora usando populações nacionais”, disse Fraser. “Além disso, esse é o primeiro relatório que inclui uma comparação apenas entre os negros”, ele destacou.

Fraser observou que as descobertas não identificam claramente as causas dos benefícios de saúde experimentados pelos adventistas, mas outros estudos forneceram evidências de que os hábitos alimentares embasados em plantas são um fator importante.

De acordo com Fraser, os adventistas vegetarianos têm menos sobrepeso, diabetes, hipertensão, colesterol elevado, doenças coronárias e vários tipos de câncer em comparação com os não vegetarianos adventistas, que são consumidores mais baixos do que o habitual de alimentos de origem animal.

“As descobertas apresentadas nesse relatório sugerem fortemente que essas vantagens para a saúde estão disponíveis para todos os americanos que optarem por uma dieta semelhante, realizarem atividade física regularmente, evitarem fumar e cuidarem do peso corporal”, concluiu. [Publicada originalmente no site de notícias da Loma Linda University Health]

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Última atualização em 22 de dezembro de 2019 por Márcio Tonetti.