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Milagre em Bagdá

3 minutos de leitura

Autobiografia do teólogo Joseph Kidder conta como ele enfrentou a oposição de sua família no Iraque para seguir a mensagem adventista

André Oliveira

Foto: Divulgação

Nascido em Mossul, onde se localizava a lendária cidade de Nínive, Sabah Joseph Kidder cresceu no subúrbio de Bagdá, capital do Iraque, para onde sua família se mudou em busca de melhores oportunidades de negócios. Andando nas ruas da capital iraquiana, acompanhado de um primo, ele viu uma placa convidando para a exibição de um filme sobre a vida de Jesus numa igreja adventista próxima. Tendo em vista o contexto predominantemente islâmico do país, aquela iniciativa evangelística foi ousada.

Kidder, na época um adolescente curioso de 15 anos criado numa família cristã ortodoxa não muito religiosa, assistiu ao filme, pediu estudos bíblicos ao pastor da igreja e começou a enfrentar o dilema da decisão de aceitar Jesus, o que lhe traria muitos problemas e desafios. O primeiro deles se deu no dia do seu batismo. Naquele sábado pela manhã, ele acordou às 5h e ficou lutando com sua consciência até decidir finalmente ser batizado perto da hora do almoço. Para ir à igreja naquela oportunidade, ele teve que faltar aos exames finais do primeiro ano da faculdade de engenharia. Posteriormente, por causa de sua insistência em guardar o sábado, ele seria expulso do curso.

Esse foi o começo de uma linda e dramática história de fuga da cultura de Babilônia para a fé em Jesus e em Sua Palavra. Kidder enfrentou perseguição, rejeição, perigos e muitos desafios, mas viu em cada etapa os sinais da atuação de Deus em sua vida, trazendo luz, salvação e o chamado para dedicar a vida ao Cristo que ele havia encontrado nas ruas de Bagdá.

Quando a família ficou sabendo que Kidder havia tomado a decisão ao lado de Cristo, ele foi ameaçado, insultado, espancado por seus pais e parentes e depois foi jogado quase sem vida na rua. Após recobrar a consciência, horas mais tarde, ele procurou Muneer e Selma, casal adventista que o acolheu.

O ponto é que a permanência dele no Iraque estava se tornando insustentável. Uma saída seria conseguir um visto para estudar na atual Universidade do Oriente Médio (meu.edu.lb), em Beirute, no Líbano. Finalmente, depois de muitas orações, o governo do Iraque autorizou seus cidadãos a estudar na instituição da igreja. Assim, Kidder passou um tempo no Líbano, mas teve que retornar quando a guerra civil se acentuou no país vizinho.

Com a ajuda de um colega norte-americano, Kidder conseguiu um patrocinador que pagasse seus estudos na Universidade Adventista de Walla Walla (EUA). Nos Estados Unidos, ele graduou-se em Engenharia e Teologia, fez mestrado em Teologia e doutorado em Ministério na Universidade Andrews, onde leciona desde 2000, depois de ter pastoreado algumas igrejas no país. Kidder tem 68 anos, é casado há quatro décadas com Denise Kay Lofftus, com quem teve um casal de filhos: Jason Andrew e ­Stephanie Rachel. Ele é autor de vários livros, entre eles Adoração Autêntica, publicado pela CPB em 2012. Sua história de fé, em meio à oposição e perseguição, foi contada resumidamente num perfil publicado na Revista Adventista de agosto de 2016.

TRECHO

“Logo todos os homens e garotos na sala se juntaram batendo e cuspindo em mim por todos os lados. Eles puxavam meu cabelo e minhas orelhas e gritavam palavras de ódio sobre como eu estava sendo estúpido e uma vergonha para eles. Eu sabia que romper com a religião da família na minha cultura era como negar a família, e isso não é tolerado. O conceito de honra e vergonha é muito importante no Oriente Médio e, como me desviei da tradição familiar, me tornei motivo de vergonha e desgraça para eles” (p. 32).

ANDRÉ OLIVEIRA é pastor e editor na CPB

(Resenha publicada na seção Estante da edição de janeiro de 2022 da Revista Adventista)

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