Seta do tempo

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A tecnologia acelerou o mundo e a vida, o que exige sabedoria maior para gerenciar nosso dia a dia

Foto: Fotolia
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O pôr do sol que marca o fim do dia, o calendário que indica a virada do ano, a luz que percorre o espaço, o pêndulo que oscila em sua trajetória, o ponteiro do relógio que segue o círculo das horas, o coração que bate em ritmo regular, o corpo que percebe o momento de acordar… Todas essas coisas e milhões de outras dependem do tempo. Porém, o que é esse fluxo universal que traz o futuro para o presente e transforma o presente em passado?

Todo mundo sabe intuitivamente o que é o tempo, mas dar uma explicação científica para esse fenômeno é um pouco mais complicado. Mesmo depois de séculos de pesquisas e teorias, os cientistas e filósofos ainda não têm uma definição 100% precisa. Como o tempo surgiu? Qual é sua relação com o espaço e a matéria? Por que a percepção do tempo varia com as circunstâncias?

Se você for ao dicionário, ele talvez registre que o tempo é a contagem de um ciclo padrão ou um período mensurável no qual algo ocorre. Contudo, isso não define a essência do tempo. Uma coisa que sabemos, sem precisar apelar para os conceitos abstratos, é que vivemos na dimensão real do tempo e que o tempo voa (por isso, envelhecemos). Além disso, sabemos que o tempo caminha para a frente (por isso, você pode transformar um ovo em omelete, mas não consegue transformar a omelete em ovo). É o que os físicos chamam de “seta do tempo”, que tem que ver com a direção, mas não com a velocidade. Por fim, sabemos que experimentamos o tempo como “agora” (por isso, o passado é memória e o futuro é apenas especulação).

Ao que parece, o tempo objetivo não está se acelerando, embora as evidências indiquem que o Universo esteja se expandindo em ritmo crescente e as predições proféticas registrem que, nos últimos dias, as potências do céu seriam abaladas, o que inclui nosso “relógio” solar (Mateus 24:29). Já o tempo subjetivo certamente está se acelerando. Todos nós temos a sensação de que a hora não tem mais 60 minutos.Aqueles dias imensos das férias de verão, quando dava tempo de jogar bola, nadar, ler e tomar sorvete, não mais existem. A própria correria atual, impulsionada pela tecnologia, que acelera cada vez mais o mundo, pode dar essa sensação. Para os mais antigos, a percepção de velocidade pode ser ainda maior. Uma teoria diz que isso ocorre porque nós ficamos mais vagarosos. Se na juventude o corpo corria mais rápido do que o tempo, na velhice ele passa a se atrasar.

Por tudo isso, precisamos aprender a gerenciar o tempo para aproveitar a energia, aumentar a produtividade e alcançar coração sábio (Salmos 90:12). A excelente matéria preparada pelos editores Wendel Lima e Márcio Tonetti, nosso novo jornalista, a quem damos boas-vindas, poderá nos ajudar nessa tarefa tão essencial. Ao iniciar o novo ano, a pauta de capa não poderia ser melhor. (Por falar em capa, queremos expressar nosso agradecimento ao designer Levi Gruber, que por 18 anos cuidou com dedicação e competência do visual da revista. Em seu lugar, como parte de um programa de rodízio do Departamento de Arte, está assumindo o designer Eduardo Olszewski, a quem desejamos igual sucesso.)

Foi também o tempo que motivou a renovação radical da Revista Adventista. Assim como ocorre com os carros, aviões e computadores, as revistas igualmente envelhecem e precisam ser repaginadas. Esperamos que você goste da nova fase do periódico, aprecie o site (revistaadventista.com.br), desfrute a versão digital, siga-nos no Twitter e Facebook e receba a newsletter semanal. Tudo isso é para que você passe momentos agradáveis lendo uma revista de qualidade.

Feliz 2015!

Marcos De Benedicto é editor da Revista Adventista

Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.