Futuro promissor na medicina

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Jovem adventista é aprovada num dos mais prestigiados programas de residência em neurocirurgia dos Estados Unidos
Nancy e o marido, Kwabena Yamoah, estudante do terceiro ano de Medicina na Universidade de Maryland. Foto: Arquivo pessoal

Ben Carson, neurocirurgião que ficou conhecido no mundo todo, foi o primeiro afro-americano aceito como residente de neurocirurgia do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, Maryland (EUA). Quase 40 anos depois, outra adventista fez história como a primeira mulher negra a ingressar no prestigiado programa. Natural de Gana, na África, Nancy Abu-Bonsrah recebeu a aprovação no dia 17 de março deste ano.

Considerado o segundo melhor do país, o programa de residência na área de neurocirurgia oferece de duas a cinco vagas por ano. Ben Carson, que atualmente exerce a função de secretário nacional de Habitação e Desenvolvimento Urbano, foi um dos alunos mais notáveis que passaram por lá. Aos 33 anos, ele se tornou diretor de Neurocirurgia Pediátrica da Universidade Johns Hopkins.

Ao deparar-se com oportunidade semelhante à que teve o renomado médico adventista, a jovem de 26 anos disse em seu perfil no Facebook que “é uma honra e um privilégio fazer parte do Departamento de Neurocirurgia do hospital”, o que certamente lhe abrirá novos horizontes.

Filha de Seth e Georgina Abu-Bonsrah, Nancy mudou-se com a família para os Estados Unidos aos 15 anos de idade, quando o pai aceitou o convite para trabalhar no escritório da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), em Silver Spring, Maryland.

Ela estudou Bioquímica na Mount St. Mary’s University, como curso preparatório (ou “pre-med”, como é chamado nos EUA) para estudar Medicina. Em 2012, Nancy ingressou no programa de doutorado da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins com o intuito de se especializar na área de neurocirurgia.

O interesse em se tornar médica começou cedo. Em Gana, onde concluiu o ensino médio, os professores perceberam sua aptidão para a área e a incentivaram a seguir carreira na medicina. “Aproveitei o conselho dos meus mentores acadêmicos e senti que, se me tornasse médica, seria capaz de contribuir positivamente para a minha comunidade”, afirma.

Mesmo sabendo que tem um futuro promissor nos Estados Unidos, ela não esqueceu do objetivo que tinha em mente quando escolheu a profissão que seguiria. O desejo de atender populações que têm pouco acesso aos recursos médicos se fortaleceu depois que ela estagiou no Komfo Anokye Teaching Hospital, na cidade de Kumasi, localizada em seu país de origem. “Foi lá que experimentei a singularidade da neurocirurgia, bem como a falta geral de acesso aos cuidados médicos”, Nancy relata.

“Estou ansiosa para voltar e servir não só em Gana, mas em outros países com poucos recursos. Ao longo da minha carreira, espero poder ajudar na construção de infraestruturas cirúrgicas sustentáveis nesses lugares e orientar a nova geração de neurocirurgiões”, ressalta. [Texto adaptado da Adventist Review / Com informações de Kimberly Luste Maran]

Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.