Confira algumas dicas para formar grupos que agregam e evangelizam
RODRIGO FOLLIS
A formação de corais no contexto cristão vem de longa data. Dos mais tradicionais aos mais recentes, esses grupos tornam o culto mais inspirador, estimulam a formação de músicos e a produção musical, além de funcionarem como uma frente de trabalho da igreja que agrega e evangeliza. No entanto, lidar com pessoas e música exige tato, foco, dedicação e disciplina. Abaixo seguem algumas dicas nessa direção.
Defina. É preciso discutir o estilo musical, o nome a ser adotado, estabelecer regras sobre ensaios e apresentações e definir os objetivos. É impossível crescer sem um rigoroso compromisso e planejamento em longo prazo. Tome essas decisões em diálogo com o pastor e a comissão da igreja.
Envolva. Trabalhe em equipe. Não basta apenas o regente ou a diretoria sonhar; todos os coristas precisam participar desse processo. Compartilhe os objetivos por escrito e sempre reforçe a missão do coral. Crie oportunidades para que o grupo se integre e sirva o próximo junto.
Invista. É muito importante que o coral tenha seu próprio pianista; melhor ainda se contar com uma orquestra. Como a maior parte das igrejas não possui instrumentistas, é a chance de investir na formação deles e/ou na contratação de um pianista como solução imediata. Enquanto isso não for viável, utilize playbacks.
Selecione. Quem quiser, pode cantar, mas um coral precisa ter critérios técnicos. Se alguém não passar no teste e não tiver condições mínimas, deveria ser estimulado a fazer aulas de canto e percepção musical, quem sabe até organizadas pela própria igreja.
Incentive. Reconheça o esforço dos coristas, mas sempre seja sincero e amoroso com eles sobre a necessidade de aperfeiçoamento. Apesar de ninguém em seu coral ser um profissional da música, não aceite a mediocridade. O exemplo de ofecerer o melhor para Deus na música vai inspirar sua igreja a fazer o mesmo em outras áreas.
Cante. Nada desenvolve mais o coral do que se apresentar. Planejamento e ensaios são importantes, mas é preciso que o grupo cante. Tenha um calendário de apresentações, e priorize as programações evangelísticas e fora do contexto da igreja. Faça pelo menos um intercâmbio anual com uma igreja distante. Isso pode desafiar
e integrar mais o grupo.
RODRIGO FOLLIS é pastor, doutor em Ciências da Religião pela Umesp e diretor da Unaspress
Fonte: O Coral Completo: Passos Para Montar, Administrar e Desenvolver um Coral em sua Igreja ou Escola (Unaspress, 2016), de Jetro Meira de Oliveira
(Este texto foi publicado na seção Guia da edição de fevereiro de 2017 da Revista Adventista)
Última atualização em 25 de outubro de 2019 por Márcio Tonetti.