Um guia para entender as verdades apresentadas pelo santuário
Max Pfeffer
Moisés foi divinamente orientado a construir um tabernáculo para que Deus pudesse habitar com Seu povo. O livro de Hebreus descreve tanto as especificações estruturais desse santuário quanto o ministério sacerdotal realizado como uma figura e sombra das coisas celestiais (Hb 8:5). A estrutura desse santuário deveria seguir um modelo existente no Céu. Assim, ao estudar o santuário terrestre, somos levados a entender realidades celestiais. Essa é a premissa de Sombra e Realidade: O Ritual do Santuário e o Plano de Salvação (CPB, 2024, 264 p.) escrito por Roberto Gullón.
A arquitetura, os rituais e as vestimentas sacerdotais do santuário terrestre apontavam para o santuário celestial. Cada cordeiro sacrificado, por exemplo, era uma sombra que representava o vindouro sacrifício do Senhor Jesus na cruz. O Dia da Expiação, celebrado anualmente, era uma sombra da realidade do juízo que já começou e está em andamento hoje no santuário celestial.
Compreender esses detalhes ricos e profundos pode ser um desafio. É necessário dedicar tempo à oração e ao estudo da Palavra de Deus para entender com clareza os aspectos desse tema essencial para nossa salvação. Nesse sentido, essa obra se destaca como um guia que orienta o leitor pelas páginas da Bíblia, apresentando o santuário e seu significado de maneira simples e direta.
Roberto Gullón possui ampla experiência ministerial. Já atuou como preceptor, professor de religião, pastor distrital, presidente e secretário em diferentes sedes administrativas da Igreja Adventista. Sua trajetória pastoral o levou a perceber algo que o motivou a escrever esse livro: muitas pessoas na igreja ainda não têm uma percepção clara sobre o santuário e sua importância.
Com isso em mente, Roberto apresenta os aspectos mais importantes do santuário que, embora seja a morada de Deus, é acessível a todos.
Sombra e Realidade é ideal para aqueles que desejam conhecer em detalhes o plano que Deus traçou para a salvação da humanidade por meio de Seu tabernáculo, tanto terrestre quanto celestial. É também indicado para aqueles que já conhecem bem a doutrina do santuário, mas procuram uma leitura leve e agradável sobre o tema.
TRECHO
“O santuário representava a conexão entre o Céu e a Terra, uma conexão que agora está completa porque Deus veio pessoalmente em carne humana para estabelecê-la. Cristo Se tornou plenamente um de nós, ‘habitou entre nós’, para revelar o amor do Pai, compartilhar de nossas experiências, dar-nos um exemplo, ajudar-nos quando em meio à tentação, sofrer por nossos pecados e nos representar diante do Pai (Hb 2:14-17). Por isso, Mateus, citando Isaías, diz: ‘Ele será chamado pelo nome de Emanuel (‘Emanuel’ significa: ‘Deus conosco’)’ (Mt 1:23).” (p. 11)
MAX PFEFFER é editor na CPB
(Resenha publicada na seção “Estante” da Revista Adventista de outubro/2024)
Última atualização em 31 de outubro de 2024 por Márcio Tonetti.