Evento realizado na Espanha precede o congresso internacional para surdos, que acontece em maio de 2016
A Divisão Intereuropeia (EUD) da Igreja Adventista do Sétimo Dia organizou o primeiro curso internacional de intérpretes para surdos. O treinamento de três dias foi realizado no mês de setembro na cidade de Sevilha, na Espanha.
Intérpretes, tradutores e outras pessoas que têm ligação com deficientes auditivos participaram da iniciativa. Eles vieram da Alemanha, França, Portugal, México, Estados Unidos e Espanha. “É um sonho que se torna realidade. Estou muito feliz por ter contribuído para que isso acontecesse”, afirma Taida Rivero, intérprete de surdos e gerente de projetos dos ministérios adventistas de surdos da Espanha.
Em palestra realizada no evento, Noemi Fariña, intérprete de linguagem gestual, mostrou a importância do preparo físico dos intérpretes. Se comunicar através de sinais é fisicamente desafiador e uma formação adequada ajuda os intérpretes a evitar efeitos negativos sobre o corpo. “Isso é algo que nós [que ouvimos] geralmente não levamos em conta”, observou Corrado Cozzi, responsável pelo desenvolvimento de projetos nessa área na Divisão Intereuropeia. “Para qualquer orador, o treinamento em homilética é fundamental, mas para um intérprete de surdos, ou mesmo para uma pessoa surda se expressar, é muito importante estar em boa forma física”, ressalta.
Segundo os organizadores do curso, o programa de treinamento também teve o objetivo de enfatizar o código de ética de um intérprete, analisar questões da comunidade surda e reforçar a necessidade dos que trabalham na área de dominar o sistema Internacional de Língua de Sinais (ISL). Atualmente, existem mais de 400 línguas de sinais no mundo. O ISL foi ensinado durante o treinamento para ajudar a facilitar a comunicação entre os intérpretes e a fim de prepará-los para o congresso internacional para surdos, que será realizado em Sevilha, de 13 a 16 de maio de 2016.
No território da Divisão Intereuropeia, há pelo menos quatro ministérios oficiais voltados para a comunidade surda: o Signes d’Esperance, na França, o Gehörlosengemeinschaft, na Alemanha, o ASAE, na Espanha, e o ministério Levante e Caminhe, na Romênia. Todas essas iniciativas usam sua própria língua local de sinais. [Informações e fotos: Corrado Cozzi, Divisão Intereuropeia]
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Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.