Conheça as novas sedes adventistas no Brasil
Mauren Fernandes

Um dos quatro níveis administrativos da organização adventista são as chamadas Associações ou Missões, escritórios regionais responsáveis por um conjunto de congregações, escolas e instituições de saúde.
Em 1993, o Brasil era dividido em 24 sedes, que atendiam a aproximadamente 665 mil adventistas espalhados pelo país. Mas, nas últimas duas décadas, o número de escritórios regionais saltou para 53, o que representou um crescimento de 120%, na comparação com dados de 2018. No mesmo período, o Peru, segundo maior país em número de adventistas na América do Sul, também dobrou o número de campos, passando de 6 para 12.
Com o crescimento da igreja, a abertura de novas sedes administrativas acaba sendo uma necessidade. Por exemplo, em 2018, a Associação Maranhense (AMa) concentrava mais de 84 mil adventistas, distribuídos em mil congregações. Para atender de maneira mais eficiente a demanda, a solução encontrada foi dividir o território, criando a Missão Nordeste Maranhense (MNeM), em funcionamento desde janeiro na região metropolitana de São Luís (MA). Segundo o pastor Ozeias Costa, secretário executivo da Igreja Adventista para a região Norte do país, estar mais perto das igrejas vai impulsionar o espírito missionário.
O mesmo irá ocorrer em Minas Gerais e Mato Grosso a partir de janeiro de 2020. Ao perceber o potencial demográfico e econômico da região oeste do estado, a liderança da Associação Mineira Central (AMC), com sede em Belo Horizonte, identificou a possibilidade de abrir uma nova sede administrativa naquela região. A Missão Mineira Oeste (MMO), com sede em Uberlândia, no interior do estado, irá possibilitar que líderes e membros estejam mais próximos. De acordo com o pastor Leônidas Guedes, secretário executivo da Igreja Adventista para o Sudeste do Brasil, a expectativa é aumentar em 30% o número de templos, estabelecer cinco novas igrejas em cidades sem presença adventista e inaugurar duas novas escolas adventistas com capacidade para 800 alunos cada uma.
No caso do Mato Grosso, a distância entre a sede administrativa e algumas igrejas, localizadas num raio de até 1.300 km, gerava dificuldades ainda maiores. Acompanhando o crescimento do agronegócio, o adventismo no estado também avançou fortemente em número e obteve estrutura financeira suficiente para dar novos passos. Decidiu-se então dividir a antiga Associação Mato-grossense (AMT) em duas novas sedes administrativas: a Associação Leste Mato-grossense (ALM) e a nova Missão Oeste Mato-grossense (MisOM), com sede na cidade de Várzea Grande. Segundo o pastor Alijofran Brandão, líder da denominação para a região Centro-Oeste, a educação adventista e a colportagem estudantil na região cresceram muito nos últimos anos e contribuíram para o progresso do campo.
O campo que possui a nomenclatura de “Missão” ainda não tem completa autonomia e depende da instância superior (a União) para tomar decisões financeiras e administrativas. Em geral, uma Associação nasce como Missão e passa pelo mesmo processo. Segundo o secretário associado da Igreja Adventista na América do Sul, pastor Uesley Peyrl, conquistar autonomia para tornar-se Associação vai além do autossustento financeiro. “É preciso habilidade para resolver dificuldades e ter ampla visão evangelizadora”, ressalta. Em breve, essas três novas Missões devem se tornar Associações.
MAUREN FERNANDES é jornalista e atua na equipe de assessoria de comunicação da sede sul-americana da Igreja Adventista
(Matéria publicada na edição de novembro de 2019 da Revista Adventista)
Última atualização em 18 de novembro de 2019 por Márcio Tonetti.