Escolas adventistas se expandem nos países que formavam a antiga União Soviética
Andrew McChesney
Um menino, filho de pai não cristão e mãe ex-adventista, entrega seu coração a Jesus depois de estudar numa escola da igreja. O comportamento de uma aluna muda drasticamente depois que ela é matriculada numa unidade escolar adventista e sua mãe decide ser batizada. Duas crianças imploram para que seus pais as coloquem num colégio confessional por causa do testemunho de amigos, e seus pais acabam se unindo à igreja.
Essas histórias mostram como o poder de Deus está transformando vidas nos países da antiga União Soviética, à medida que a educação adventista se expande rapidamente na Divisão Euro-Asiática. Nesse território, há dez anos, a igreja tinha apenas 14 escolas; porém, agora a denominação opera 77 unidades de ensino fundamental e médio e espera abrir mais 40 escolas nos próximos quatro anos.
“A educação adventista está intimamente ligada à missão da igreja. Onde quer que as escolas sejam abertas, a denominação cresce”, disse Ivan Riapolov, diretor da rede educacional adventista da Divisão, num concílio realizado em novembro. Em seu relatório, Riapolov compartilhou várias histórias interessantes.
Por exemplo, em Odessa, na Ucrânia, um menino de dez anos chamado Anas lutava contra a discriminação racial de colegas na escola pública. Seu pai, não cristão, morava no Irã e sua mãe, uma ex-adventista ucraniana, o havia deixado morar com a avó dele. Incomodada com aquela situação, a avó do menino o transferiu para a escola adventista. No início, ele ficou um pouco isolado, mas depois foi se interessando pelas aulas de religião, enquanto seus colegas de sala descobriam seu senso de humor.
O problema é que a mãe do garoto o tirou da escola adventista assim que soube que ele estava matriculado. O menino voltou a morar com a mãe e, por um ano, a avó orou para que aquela situação fosse resolvida. Um dia, a mãe de Anas concordou em conversar com um pastor adventista. Durante a conversa, o menino pediu o batismo. Anas estava estudando a Bíblia sozinho em preparação para o batismo. A convicção do garoto uniu novamente sua mãe e avó.
Em outra região, uma mãe ligou para uma escola adventista a fim de matricular a filha, Natasha. A mãe, que era ateia, queria encontrar um colégio que enfatizasse mais a disciplina dos alunos. Duas semanas mais tarde, Natasha começou a frequentar a terceira série. Ali, a menina aprendeu certos hábitos que levou consigo para casa, como estudar a Bíblia e orar antes das refeições. Algum tempo depois, a mãe de Nastasha ligou para o diretor: “Natasha deseja se tornar adventista e eu gostaria de saber quais mudanças precisam ser feitas em nossa vida. Eu também quero me tornar uma adventista.”
Em outro lugar, um carro de luxo parou em frente a uma escola adventista no primeiro dia do ano letivo. “Queremos que nossos filhos estudem na sua escola”, disse o pai ao diretor. “Temo que seja impossível. Não temos mais vagas”, respondeu o diretor. “Compraremos novas carteiras e cadeiras para todos os alunos e pagaremos o dobro da mensalidade”, rebateu o pai.
A mãe das crianças explicou que a família havia passado as últimas férias em viagem pelo Mar Negro e que os filhos tinham feito amizade com alunos da educação adventista, os quais os motivaram a entrar na escola também. As crianças, que haviam passado as férias implorando para os pais que os matriculassem ali, foram então aceitas na escola. Em seguida, a mãe, que é juíza municipal e o pai, um militar de alta patente, prometeram ajudar a escola a obter o credenciamento do governo. No verão seguinte, o casal foi batizado.
ANDREW MCCHESNEY é editor de notícias do site Adventist Mission
(Notícia publicada na edição de dezembro de 2021 da Revista Adventista / Adventist World)