No tribunal do Céu

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O juízo divino e seu lugar no plano da redenção

Eduardo Rueda Neto

Ilustração: Jairo Ostemberg

Entre os julgamentos mais famosos da história, estão os de Nuremberg, uma série de processos judiciais realizados após a Segunda Guerra Mundial, entre 1945 e 1946, para julgar os principais líderes nazistas por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio. Um tribunal internacional foi estabelecido na cidade de Nuremberg, na Alemanha, escolhida por sua importância simbólica para o nazismo, com o propósito de processar altos oficiais nazistas, bem como organizações importantes do regime, como a SS (Schutzstaffel), a Gestapo e o Partido Nazista. Apesar de certas controvérsias e contestações por parte de juristas, os Julgamentos de Nuremberg foram pioneiros em várias áreas do direito internacional e estabeleceram importantes precedentes, como a ideia de que os crimes cometidos em nome de um governo não isentam seus perpetradores de responsabilidade individual. Além de seu impacto legal, os julgamentos trouxeram à luz a extensão dos horrores do regime nazista, ajudando a educar o mundo sobre os crimes cometidos durante o Holocausto.

Quando processos judiciais como os de Nuremberg são devidamente conduzidos de modo a desarticular esquemas criminosos e restituir a paz, a sociedade respira aliviada com a gratificante sensação de que a justiça enfim foi feita. Entretanto, como sabemos, essa sensação é passageira, pois, neste mundo de pecado, as forças do mal estimulam constantemente novas formas de perversidade que resultam em caos e destruição.

Quantas vezes, diante de notícias de crimes bárbaros, você perguntou: “Até quando, Senhor?” O anseio humano por intervenção divina em face da existência do mal reflete uma das verdades mais fundamentais das Escrituras: Deus é justo (Dt 32:4; Sl 7:11; 9:7, 8; 11:7; 89:14; Is 30:18; Rm 3:25, 26; Ap 16:5). E o fato de, muitas vezes, não vermos imediatamente a punição do Céu sobre a crueldade humana não significa que, um dia, o Senhor não executará vingança contra este mundo ímpio (Dt 32:35).

O tema da justiça divina é de extrema relevância não somente porque responde ao constante clamor da humanidade por socorro, mas principalmente porque revela facetas muito esclarecedoras da pessoa de Deus e de Sua obra redentora em favor do ser humano.

JUSTIÇA E SALVAÇÃO

A justiça de Deus é um aspecto de Seu caráter tão importante quanto o amor. Se o Senhor apenas amasse suas criaturas, fazendo-lhes o bem e entregando-Se sem reservas por elas, mas não punisse o mal e a injustiça, Ele não seria perfeito. Por essa razão, “Deus estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça” (At 17:31). Além disso, na concepção bíblico-hebraica de justiça, um julgamento serve não apenas para condenar o culpado, mas também para vindicar o inocente (Dt 25:1).

Na verdade, o juízo de Deus é mais do que uma ocasião pontual na história em que Ele intervirá para castigar os ímpios e redimir os justos. O juízo divino, assim como a salvação, constitui um processo. Didaticamente, é possível dividir o processo de salvação em três etapas: (1) justificação – quando aceitamos os méritos de Cristo obtidos na cruz em nosso favor (Rm 5:1); (2) santificação – quando permitimos o agir do Espírito Santo em nós para nos transformar, a cada dia, à imagem de Deus (2Co 3:18); e (3) glorificação – quando, no retorno de Jesus, nossa natureza humana será, para sempre, liberta da presença do pecado (1Co 15:52, 53). Semelhantemente, o juízo final ocorrerá em três etapas: (1) juízo pré-advento – quando são julgados aqueles que um dia foram justificados em Cristo e fazem parte do povo de Deus (1Pe 4:17; Dn 7:9, 10; Ap 14:6, 7); (2) juízo milenial – quando, durante o milênio, será julgado o restante da humanidade, que não andou conforme os princípios divinos, rejeitando a influência do Espírito Santo (Ap 20:4-6; 1Co 6:2, 3); e (3) juízo executivo – quando, após o milênio, Deus erradicará para sempre todo vestígio de mal da face da Terra e de todo o Universo (Ap 20:11-15; Ml 4:1-3). Nessa fase do juízo, deixarão de existir aqueles que, anteriormente, não foram glorificados, isto é, que decidiram não passar pelas três etapas do processo de salvação.

Cada uma das fases do juízo escatológico se justifica por razões atreladas ao próprio caráter e ao modus operandi (modo de operação) de Deus no plano da salvação. O juízo pré-advento evidencia a coerência e imparcialidade divina em começar o julgamento por aqueles que receberam mais conhecimento da verdade. O juízo milenial deixa patente a transparência de Deus em permitir que sejam esquadrinhados os motivos pelos quais muitos não foram salvos. E o juízo executivo fala de um Deus cuja justiça pode até tardar (aos olhos humanos), mas não falhará. Todos esses pontos justificam o caráter de Deus contra as acusações de Satanás de que Ele é injusto no modo de tratar Suas criaturas (ver, por exemplo, o livro de Jó). Dessa forma, o tema do juízo está intimamente ligado à doutrina bíblica do grande conflito entre o bem e o mal e à teodiceia (defesa da justiça de Deus diante da existência do mal no mundo). A seguir, abordaremos resumidamente cada etapa que compõe o processo do juízo final.

JUÍZO PRÉ-ADVENTO

No Antigo Testamento, quando Deus precisava punir as nações, incluindo Israel, por suas iniquidades, frequentemente o juízo era enviado primeiro sobre os israelitas, antes dos povos pagãos (Is 10:12; Jr 25:29; Ez 9:6; Ml 3:5). De forma semelhante, no Novo Testamento, os justos precedem os ímpios no julgamento divino (Lc 19:11-27; Mt 25:31-46). A própria ordem da ressurreição parece seguir essa lógica: primeiro os justos, depois os ímpios (Ap 20:4-6; ver Jo 5:29). O apóstolo Pedro deixa bem claro esse princípio ao declarar que “chegou o tempo de começar o juízo pela casa de Deus” (1Pe 4:17). “Casa de Deus”, neste contexto, é uma clara referência à igreja como povo do Senhor.

Mas por que Deus decidiu começar por Seu povo o processo do juízo? Como já mencionado, a resposta é: por coerência. Na história da redenção, a salvação trazida por Jesus Cristo foi oferecida primeiro àqueles que já desfrutavam uma relação pactual com Deus. O apóstolo Paulo afirmou que o evangelho é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1:16, itálico acrescentado). Ao enviar os discípulos em sua primeira missão evangelística, Cristo ordenou que eles priorizassem “as ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 10:6).

Considerando que “àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido” (Lc 12:48), conclui-se que a responsabilidade de uma pessoa é proporcional à luz e aos privilégios recebidos por ela. Dessa forma, é razoável que, na ordem do juízo, aqueles mais privilegiados com o conhecimento da verdade sejam os primeiros a “comparecer” perante o tribunal do Céu. Por esse motivo é dito que o juízo escatológico começa pela “casa de Deus”, o Israel espiritual, que engloba todos aqueles que um dia aceitaram a mensagem da salvação.

Tão essencial, porém, quanto saber a ordem em que o juízo escatológico ocorre – começando pelo povo de Deus – é saber o momento em que ele começa. Para tanto, precisamos recorrer às profecias de tempo da Bíblia, sobretudo Daniel 8:14, que diz: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs. Depois, o santuário será purificado.” Essa é uma das profecias de Daniel que se cumpririam no tempo do fim (Dn 8:26; ver Dn 12:9). O que seria essa purificação do santuário? Quando estudamos as profecias paralelas de Daniel (Dn 2; 7; 8, etc.), notamos que a cena de juízo celestial apresentada no capítulo 7 equivale à purificação do santuário do capítulo 8, ou seja, trata-se do mesmo evento. Contudo, para entender melhor esse paralelismo profético, temos que procurar na tipologia bíblica o significado dos símbolos.

De forma análoga ao ambiente descrito em Daniel 8, o ritual do santuário no Antigo Testamento incluía uma data especial, chamada Dia da Expiação, em que o tabernáculo era purificado dos pecados nele acumulados/registrados ao longo do ano (Lv 16; 23:26-32). Esse dia era uma ocasião de juízo em Israel, uma vez que todo aquele que não se arrependesse e não se convertesse de seus pecados nessa oportunidade era eliminado do meio do povo de Deus (Lv 23:29). À luz desse contexto, pode-se inferir que a purificação ou juízo celestial descrito em Daniel 7 e 8 é um antítipo escatológico dessa antiga cerimônia hebraica. Em outras palavras, o Dia da Expiação terrestre apontava para uma ocasião celestial e profética semelhante que se cumpriria no tempo do fim. Mas quando exatamente isso começaria?

Se aplicarmos à profecia das 2.300 tardes e manhãs o princípio dia-ano de interpretação profética (Nm 14:34; Ez 4:6; Dn 9:24-27; Lv 25:8), concluímos que ela fala, na verdade, de 2.300 anos literais – o maior período profético das Escrituras. A purificação do santuário celestial (ou juízo escatológico), portanto, demoraria 2.300 anos para começar. E qual é o ponto de partida dessa contagem?

A chave para a identificação do início das 2.300 tardes e manhãs está na profecia das 70 semanas, de Daniel 9. Na língua original do Antigo Testamento, o hebraico, há uma estreita ligação entre as duas profecias, e tudo indica que ambas têm início ao mesmo tempo. Tendo em vista que o início das 70 semanas de anos se daria quando fosse emitida “a ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” (fato que se concretizou em 457 a.C.), o fim dos 2.300 dias-anos se cumpriria em 1844.

Todo esse quadro profético indica que nesse ano começou a fase do juízo escatológico conhecida como juízo pré-advento ou juízo investigativo. O primeiro desses nomes expressa a realidade de que o juízo final começa antes do retorno de Jesus. O segundo indica que ele inclui uma “investigação” ou exame do caso de cada pessoa envolvida. O fato de que essa etapa do juízo ocorre antes da segunda vinda de Cristo se comprova com passagens bíblicas que mostram que, quando retornar à Terra, Jesus trará Consigo o veredito de quem estará salvo ou perdido e o galardão dos redimidos (Ap 22:11, 12; Mt 16:27). Em diferentes trechos das Escrituras, fica subentendido que a separação entre justos e ímpios, tanto na ressurreição quanto no arrebatamento ocorridos por ocasião do segundo advento (Jo 5:28, 29; 1Ts 4:16-18), estará definida quando Jesus voltar. Quanto à investigação ou exame realizado no juízo, passagens que mencionam livros sendo analisados, por exemplo, indicam que seremos julgamos a partir do escrutínio de nossas obras (Dn 7:9, 10; Ml 3:16, 17; Ap 20:12). Para aqueles que se arrependem sinceramente de seus pecados e confiam no sacrifício expiatório de Jesus Cristo e em Sua intercessão junto ao Pai (Hb 7:25) haverá completo perdão e cancelamento dos pecados registrados nos autos celestiais (1Jo 1:9).

É importante lembrar ainda que o teor do juízo pré-advento – que tem como foco o povo de Deus – não é condenatório, mas vindicativo. Daniel mostra que o juízo é “a favor dos santos do Altíssimo” (Dn 7:22, NVI) e contra seus opressores. Logo, aqueles cuja vida está nas mãos de Deus e vivem pela fé em Jesus Cristo não precisam temer o juízo investigativo, pois para eles “não existe nenhuma condenação” (Rm 8:1). Jesus foi claro ao dizer: “Quem ouve a Minha palavra e crê Naquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida” (Jo 5:24). Assim, a melhor maneira de se preparar para o juízo escatológico é mantendo um relacionamento vivo e redentivo com Jesus (Jo 15:1-17).

No entanto, ainda é necessário responder à pergunta: Quando terminará o juízo investigativo? Na tipologia hebraica, um dos atos que compunham o encerramento da cerimônia do Dia da Expiação era o momento em que o sumo sacerdote se despia das vestes de linho que havia usado ao entrar no santuário. Semelhantemente, quando Cristo depuser Suas vestes sacerdotais, encerrando assim o trabalho de intercessão, para revestir-Se da realeza com que virá nas nuvens do Céu (Mt 24:30; ver Ap 19:16), estará concluído o juízo pré-advento (Ap 15:5-8; 22:11, 12). Então, Cristo “aparecerá segunda vez, não para tirar pecados, mas para salvar aqueles que esperam por Ele” (Hb 9:28). O Salvador voltará à Terra para executar o veredito do juízo realizado previamente.

MILÊNIO E JUÍZO FINAL

As duas próximas etapas do juízo escatológico são um pouco menos complexas e mais fáceis de ser entendidas, porém não menos importantes.

O juízo milenial, também chamado de juízo de confirmação ou comprobatório, ocorrerá – como o próprio nome diz – durante o milênio (Ap 20:4-6; ver Ap 20:11-15) e terá como foco aqueles que não fazem parte do povo (ou “casa”, 1Pe 4:17) de Deus. O apóstolo Paulo deixou claro que “os santos hão de julgar o mundo”, incluindo “os próprios anjos” (1Co 6:2, 3). Serão, portanto, os salvos que ocuparão os tronos vistos por João no Apocalipse e a quem será dada autoridade para julgar (Ap 20:4). O objeto de apreciação desse julgamento será a vida e a conduta daqueles que não reviverão “até que se [completem] os mil anos” (Ap 22:5) e dos anjos caídos, que foram lançados para a Terra com Satanás e, com ele, estarão presos no planeta desolado durante o milênio (Ap 12:9; Jd 6; Ap 20:1-3). Assim como nas outras fases do juízo, o padrão pelo qual os indivíduos serão medidos é a lei de Deus (Rm 2:12-16; Ec 12:13, 14). Quanto a isso, é preciso lembrar que, embora a salvação/justificação seja pela graça mediante a fé, são as obras que revelam de que lado estamos no conflito entre o bem e o mal; por isso, todos serão julgados de acordo com elas (Ef 2:8; Rm 3:28; 2Co 5:10; Tg 2:17). O juízo comprobatório dará aos seres humanos e demais seres inteligentes do Universo a oportunidade de confirmar quais decisões e ações privaram os ímpios de herdar a vida eterna. Isso comprovará que Deus não foi arbitrário na punição aplicada a essas pessoas.

O juízo executivo é a última etapa do juízo final. Ele ocorrerá após o milênio e consistirá na erradicação definitiva do pecado e dos pecadores, assegurando que o mal não surgirá novamente no Universo. Conforme o relato de Apocalipse 20:7-10, depois de Satanás ser solto de sua “cadeia de circunstâncias” ao fim dos mil anos, ele sairá para enganar a multidão dos ímpios ressuscitados a fim de reuni-los para atacar a Cidade Santa, que descerá da parte de Deus (ver Ap 21:1). Nessa hora, desce fogo do céu e consome os exércitos de Satanás, sendo o diabo e seus seguidores lançados no lago de fogo e enxofre, que representa completa e permanente destruição (ver Jd 7).

O apóstolo Pedro descreveu de forma contundente o momento em que nosso mundo será purificado do mal: “Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Também a terra e as obras que nela existem desaparecerão. […] Por causa desse dia, os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos se derreterão pelo calor” (2Pe 3:10, 12). As palavras de Malaquias também são fortes: “Eis que vem o dia, queimando como fornalha. Todos os soberbos e todos os que praticam o mal serão como a palha; o dia que vem os queimará, diz o Senhor dos Exércitos, de modo que não lhes deixará nem raiz nem ramo” (Ml 4:1). Após isso, a cena de caos e destruição dará lugar a um novo céu e uma nova Terra (2Pe 3:13; Ap 21:1) – a restauração do paraíso perdido (Ap 21; 22; ver Gn 3).

Será nessa ocasião que se cumprirão as célebres palavras de Ellen White: “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única pulsação de harmonia e júbilo vibra por toda a vasta criação. Daquele que tudo criou emanam vida, luz e felicidade por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeita alegria, declaram que Deus é amor” (O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 560).

O JUÍZO E O SANTUÁRIO

O santuário é o grande elemento integrador de todas as três fases do juízo escatológico. Na ritualística hebraica, o Dia da Expiação (Lv 16; 23:26-32) tipificava não somente o juízo pré-­advento, como já observado, mediante a remoção dos pecados acumulados no santuário, mas também as outras etapas do juízo final. O banimento do bode emissário para o deserto apontava para a prisão de Satanás durante o milênio, na Terra desolada, que coincide com a segunda fase do juízo escatológico, a qual ocorrerá no Céu. Por fim, o acampamento purificado após o término da cerimônia do Dia da Expiação prefigurava os resultados da terceira etapa do juízo, a executiva, em que o fogo divino destruirá os ímpios e purificará a Terra.

De forma semelhante, o santuário do Céu está intimamente associado ao juízo final. O templo celeste é o lugar de onde Deus, o supremo Rei, governa o Universo e exerce Sua justiça (Sl 11:4; Sl 89:14; 102:19, 20; 103:19; Is 6:1-3; Mq 1:2; Hc 2:20). Ademais, é no santuário celestial que Cristo, nosso Sumo Sacerdote e Advogado, intercede por nós junto ao Pai (Hb 8:1, 2; 9:24; 1Jo 2:1), especialmente no contexto do juízo pré-advento. Esse mesmo agir divino no santuário do Céu fundamenta os eventos que terão lugar nos juízos comprobatório e executivo.

CONCLUSÃO

Vivemos na iminência do retorno de Jesus Cristo (Hb 10:37; Mt 24:44; 1Ts 5:2, 3). Aproxima-se o momento em que se encerrará no Céu o juízo pré-advento e o destino eterno de todos estará decidido (Ap 22:11, 12). Mas ainda há oportunidade de salvação, e devemos aproveitar, a cada dia, a chance de buscar ao Senhor, pois hoje é o dia da salvação (Is 55:6; 2Co 6:2; Hb 3:7, 8).

Além disso, ao vermos tanta injustiça no mundo, não precisamos nos desesperar nem supor que os iníquos ficarão impunes. Fundamentados nas Sagradas Escrituras, podemos ter a certeza de que o mal não triunfará para sempre. Com essa esperança, somos convidados a confiar na equidade e imparcialidade de Deus e nelas descansar enquanto aguardamos “novos céus e nova Terra, nos quais habita a justiça” (2Pe 3:13). 

EDUARDO RUEDA NETO é pastor e professor de Teologia no Unasp

Para saber mais

  • Clifford Goldstein, 1844: Uma Explicação Simples das Principais Profecias de Daniel (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2024).
  • Ellen G. White, O Grande Conflito (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2021), caps. 23, 24, 28, 41, 42.
  • Gerhard F. Hasel, “Julgamento divino”, em: Raoul Dederen (org.), Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), p. 904-948.
  • Marvin Moore, Na Corte Celestial: Em Defesa do Juízo Investigativo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2019).
  • Nisto Cremos: As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2018), cap. 24, p. 391-415.

(Matéria de capa da Revista Adventista de outubro/2025)

Última atualização em 20 de outubro de 2025 por Márcio Tonetti.