Novas parábolas

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Os ensinamentos de Jesus apresentados de um jeito diferente

Sueli Ferreira de Oliveira e Eduardo Teixeira

Crédito da imagem: Divulgação CPB

As histórias reúnem o ser humano desde muito cedo. Servem para contar os feitos durante a infância e, na fase adulta, compartilhar as conquistas, os desafios e as informações.

Antigamente, a partilha acontecia pela oralidade em diferentes culturas e ao longo das eras. Posteriormente, veio a imprensa e os registros se ampliaram. Então, chegou a mídia eletrônica que impulsionou ainda mais as possibilidades narrativas.

Ouvir histórias é permitir que o pensamento se abra para outros pontos de vista e até mesmo para novos conhecimentos. Desde o início dos tempos, as narrativas servem como agregadoras nas comunidades e passam de geração para geração, organizando sociedades e ditando a ética entre os povos.

Em Seu ministério na Terra, Jesus fez amplo uso das histórias para levar ensinamento às pessoas, dando-lhes exemplos práticos e palpáveis de como agir com os outros e a maneira correta para compreender o Reino dos Céus. Os relatos eram repletos de elementos conhecidos da população ouvinte; falavam sobre o cuidado com rebanhos de ovelhas, plantio, moeda perdida, sementes, árvores e atividades comuns para aquela região e naquele tempo.

Que histórias Jesus contaria hoje para apresentar os mesmos ensinamentos? Esse é um desafio de imaginação que pais e mães fazem há anos, e o autor norte-­americano Charles Mills propõe em Novas Histórias, Eternas Lições (CPB, 2023, 112 p.). Ele elencou relatos que talvez fizessem parte do repertório atualizado do Mestre.

Escrito para o público infantojuvenil, o livro não apenas traz a história contada por Mills como a parábola bíblica que a inspirou. São mais de 24 narrativas com as quais crianças e adolescentes vão se identificar. A obra é uma boa opção para leituras individuais, ou mesmo, para uma leitura familiar.

Outro aspecto interessante é que cada história tem também uma atividade final, em que é possível realizar uma aplicação pessoal do aspecto emocional, psicológico, espiritual ou social valorizado na releitura da parábola de Cristo, o que contribuirá para o desenvolvimento do leitor.

Charles Mills comenta que a ideia da publicação partiu de uma pergunta que fizeram a ele. “Que tipo de histórias você acha que Jesus contaria hoje?” O questionamento foi o suficiente para empolgar Mills, ao ponto de iniciar a jornada de escrita procurando ilustrações modernas, conforme a cultura contemporânea. “A intenção é a mesma de ensinar o que as parábolas de Cristo ensi­naram, mas usando situações atuais de maneira divertida e satisfatória”, explica o autor.

TRECHO

“Tínhamos que prestar atenção para não deixar portas abertas pelo sítio. Da mesma maneira, devemos tomar cuidado para não deixarmos abertas as ‘portas’ da nossa mente. Muito menos para qualquer série, programas de TV ou músicas que possam nos fazer algum mal, especialmente para programas que transformam situações terríveis em cenas ‘engraçadas’, ou mesmo que retratam a violência como ‘aventuras inocentes’. Entendem do que estou falando?”

Inspirado em Lucas 11:33 a 36

SUELI FERREIRA DE OLIVEIRA e EDUARDO TEIXEIRA são editores na CPB

Última atualização em 17 de fevereiro de 2023 por Márcio Tonetti.