O futuro do trabalho

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Quais são as habilidades necessárias para navegarmos nesse mar de incertezas?
BIANCA OLIVEIRA
Foto: Adobe Stock


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oronavírus, doença, crise econômica, home office, perda do emprego, redução do salário, medo, ansiedade. Essas, sem dúvida, foram palavras usadas repetidamente nesses últimos meses em todo o planeta. No momento em que escrevo, há dias não saio de casa. Você provavelmente também não tenha saído. Todos passamos, em maior ou menor grau, por um momento muito turbulento e curioso em nossa história. Um vírus veio nos mostrar que estabilidade não existe.

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Se eu pudesse, no entanto, adicionar mais uma palavra à lista acima, esta seria mudança. Mudanças são a única constante em nossa vida, que, de um jeito ou de outro, sempre nos convida a nos reinventarmos. Eu e meu esposo atendemos esse convite há um ano, quando decidimos morar fora do Brasil. Foi uma decisão difícil, mas hoje entendemos que foi necessária. Mudar nos fez enxergar coisas diferentes sobre nós, o outro e o mundo. Mas não é fácil. Qualquer mudança é um caminho de dores. O medo se torna um constante companheiro, e saber lidar com as incertezas é o que nos faz navegar em meio a ondas assustadoras.

Neste mês de maio, em que celebramos o trabalho, falaremos sobre ele com a testa franzida e a voz um tanto embargada. Fomos bombardeados por eventos que mudaram as paisagens de um caminho que até então parecia razoavelmente tranquilo, mas que teve a rota brutalmente alterada. Milhões de pessoas no Brasil e no mundo perderam o emprego.

Para falar do assunto, mergulhei em leituras, conversas, pesquisas e reflexões a fim de entender onde estamos e para onde caminhamos quando o assunto é trabalho e suas tendências para o futuro. Mas logo de início aviso: não trago um passo a passo, previsões ou respostas prontas para nossas atuais inquietudes. O objetivo é propor um cenário que vírus nenhum deveria destruir, e este é construído com esperança. Uma palavra relacionada com os verbos esperar e, sobretudo, esperançar. O que quer dizer que temos muito trabalho pela frente. Vamos juntos?

Por que precisamos trabalhar?

A pergunta pode gerar incômodo e soar um tanto estranha. “Ora”, você deve estar pensando, “trabalho para ganhar dinheiro, para pagar minhas contas, para obter o pão de cada dia.” Sim, você está correto. Mas, além do dinheiro, o que o motiva a levantar todos os dias e partir para suas atividades?

Nossa relação com o trabalho é antiga. Bem mais do que imaginamos. Quando surge o ser humano, conforme o relato de Gênesis, surge também o trabalho, ajudando a criar em nós uma identidade, algo que nos dá propósito e senso de utilidade. “Trabalho é uma forma de me expressar, agir e transformar o mundo. O bom trabalho é aquele que combina aprendizado, desenvolvimento, entusiasmo e reconhecimento financeiro”, comenta a empreendedora, consultora e navegadora do futuro (como ela gosta de se definir) Sandra Chemin.

Quando surge o ser humano, conforme o relato de Gênesis, surge também o trabalho, ajudando a criar em nós uma identidade, algo que nos dá propósito e senso de utilidade

Sandra é uma daquelas pessoas que você passaria horas e horas ouvindo. Há mais de uma década, ajuda pessoas e empresas a se adaptarem às novas tendências do mercado de trabalho através da plataforma de consultoria que criou, a Futureyou. E faz isso da Nova Zelândia, país com fuso horário 15 horas à frente do Brasil. Antes de se tornar referência na área, precisou mudar e se reinventar inúmeras vezes. Decidiu deixar um cargo executivo, comprou um barco e navegou com sua família por 30 países. Histórias não lhe faltam e aprendizados também. O principal deles? Jamais podemos aceitar ficar à deriva em um mar de incertezas.

“Tenho 16 anos de experiência em navegação. Vivenciei muitas tempestades, mas em 2012 fomos atingidos pela pior. Quando você enfrenta ondas de até 7 metros de altura e seu barco é jogado para cima e para baixo, é inevitável você se questionar: ‘O que estou fazendo aqui?’ Nesse momento, vem uma grande clareza do que o move, quem é você e por que faz as escolhas que faz. Somos chamados nesse momento para termos essa clareza. Sem isso, não daremos conta das tempestades da vida”, diz.

Encontrar respostas para perguntas simples nem sempre é fácil, mas temos trabalho pela frente. Proponho começarmos do início.

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Da janela do apartamento onde moro, em Chester, no interior da Inglaterra, consigo avistar um antigo engenho a vapor. Ele foi construído em 1786 por comerciantes de milho e farinha da cidade, e perto dele existiram várias outras fábricas, que hoje nada mais são do que prédios vazios ou bens públicos.

Passear pelas ruas de Chester é voltar no tempo. E convido você a fazer uma pequena viagem comigo. O século é o 18. O progresso passa a ser ditado por uma revolução tecnológica que impulsionou a produção em larga escala de produtos que antes eram feitos manualmente por artesãos. Eles agora recebem seus macacões, sapatos e ferramentas para se relacionar com algo que nunca viram antes: máquinas.

Tudo nesse momento é pensado de maneira a atender a demanda das fábricas. Com isso, a jornada de trabalho se tornou mais regular, pois em alguns lugares ela começava no meio da semana. O estilo de vida das pessoas mudou. A forma como elas se vestiam e se alimentavam mudou. A maneira de criar os filhos mudou. As prioridades mudaram. O homem não mais voltava para casa quando a luz do sol ia embora, pois deu-se um jeito de inventar lâmpadas a gás e agora poderia ficar no trabalho até mais tarde. O tempo do homem passou a ser ditado pelas máquinas. A partir dali, tudo mudou, para todo o mundo. Eis o começo de uma série de transformações em nosso jeito de trabalhar.

A Inglaterra foi pioneira no processo conhecido como a primeira Revolução Industrial, em meados do século 18. A combinação de fatores políticos, econômicos, sociais e culturais da época permitiu o surgimento das condições ideais para o nascimento da indústria moderna. E foi a observação da Europa em plena transformação, na segunda metade do século 19 e início do 20, que inquietou os pioneiros da sociologia, como o alemão Max Weber.

Em sua mais conhecida obra, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, Weber traz para o centro de suas análises a questão da origem do modelo capitalista e por que de fato ele surgiu no Ocidente e teve grande impulso no século 16. De maneira profunda, o sociólogo analisa o comportamento dos donos das fábricas, geralmente homens que possuíam muito capital, e encontra semelhanças fundamentais entre eles: eram disciplinados, guardavam seu dinheiro em poupanças, tinham um modo sistematizado de encarar o trabalho e eram em sua maioria adeptos do protestantismo calvinista.

De acordo com Max Weber, para Martinho Lutero, pai do protestantismo, trabalho era vocação, ou seja, serviço a Deus por meio dos talentos em qualquer que fosse a atividade. Já para João Calvino, reformador francês, o dinheiro era sinal de salvação ou perdição, dependendo dos resultados que este apresentasse. “Para o protestante daquela época que acreditava na visão de Calvino, acumular dinheiro era o sinal visível da eleição divina sobre alguém”, explica Thadeu.

O objetivo de Weber não era falar de religião no aspecto espiritual, “mas sim analisar os aspectos comportamentais que isso trouxe naquela época e contexto específicos”, complementa o sociólogo, que também é diretor do departamento de Arquivo, Estatística e Pesquisa da sede da Igreja Adventista na América do Sul. Se a mentalidade protestante foi a ignição religiosa para o capitalismo, hoje o sistema ganhou vida própria e também se secularizou, ao se desfazer dos motivos religiosos que o caracterizaram inicialmente. O capitalismo, por sua herança protestante, começou com certo arrimo religioso, mas perdeu isso com o tempo, como concluiu Weber. O próprio termo “espírito” em sua obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo remete a essa ideia.

De acordo com Sandra Chemin, ao contrário do que vivemos séculos atrás, quando o lucro era o principal objetivo, a tendência hoje é encontrar o real propósito das coisas que fazemos. “Há uma mudança de paradigma por parte de empresas e indivíduos. A ­reflexão agora é sobre o que é essencial”, afirma. Vale ressaltar que esse ideal de autorrealização está mais ao alcance da classe média, pois a maior parte dos trabalhadores, infelizmente, precisa se preocupar primeiramente com sua autossubsistência.

FRÁGEIS E DISTRAÍDOS

Após a primeira grande Revolução Industrial, continuamos nossa caminhada rumo às inovações. Descobrimos novas fontes de energia. Máquinas a vapor foram dando lugar a máquinas elétricas e presenciamos o crescimento exponencial da produção em massa. Essa fase lançou bases para outra transformação: a da Tecnologia da Informação (TI). É nesse ponto que fomos apresentados ao mundo virtual, que acelerou ainda mais as mudanças e trouxe consigo comodidades nunca antes imaginadas. Atire a primeira pedra quem não realizou nenhuma videoconferência durante o período de isolamento social.

Contudo, ao longo desse processo, “nos distraímos demais com as facilidades que a tecnologia foi nos trazendo e não demos atenção à inteligência emocional, algo fundamental para levarmos a vida; assim, ficamos mais frágeis e perdidos”, afirma o escritor e consultor de carreira Sidnei Oliveira, que acredita também que nossos pais e avós eram mais resilientes e tinham menos distrações.

Para Nuno Rebelo dos Santos, professor PhD de psicologia organizacional e metodologia de investigação, na Universidade de Évora, Portugal, “vivemos num ritmo de desenvolvimento tecnológico muito acelerado, sem que haja a correspondente inovação ao nível psicossocial. Isso aumenta o sofrimento e a tensão entre os indivíduos. É o que se passa no atual mercado de trabalho”.

A fragilidade é um elemento evidente em nosso comportamento humano atual. Isso ficou mais acentuado durante o difícil momento de pandemia que enfrentamos. Já tínhamos que lidar com as altas taxas de desemprego, leis trabalhistas flexibilizadas e exigências de mercado que requerem de nós novos comportamentos. Agora, isso parece ter dobrado e, frente a essa nova realidade, só nos resta agir. “O momento não é para ficarmos esperando o RH nos entregar o trabalho dos sonhos. A pergunta é: como eu me responsabilizo em criar o trabalho do futuro que eu quero viver?”, enfatiza Chemin.

Enquanto ainda tentamos assimilar com muita dificuldade tudo isso que está acontecendo, as máquinas automatizadas continuam conquistando espaço no mercado de trabalho. E não é para menos; afinal, elas são mais precisas, não se cansam de trabalhos repetitivos, não reclamam direitos trabalhistas nem ficam doentes. Se isso não bastasse, agora fazem previsões e descobrem novas soluções para problemas, combinando milhares de dados numa velocidade impressionante. Esse é o papel da temida Inteligência Artificial (IA).

“É difícil prever o futuro”, afirma Rebelo. “Existe uma probabilidade elevada de a IA substituir consideravelmente o trabalho humano, mas também existe a possibilidade dessa tecnologia completar o trabalho que já fazemos, colocando-se ao serviço das nossas atividades”, complementa o professor.

DESAFIOS À VISTA

As máquinas são incríveis, não é mesmo? Mas e quanto a nós? Estamos preparados para “competirmos” com elas? Uma pesquisa feita com mais de 500 mil jovens de 79 países divulgada pelo Fórum Econômico Mundial diz que não. De acordo com o relatório, 39% das profissões que os jovens estão escolhendo hoje terão boa parte de suas atividades automatizadas nos próximos 15 anos.

Ainda segundo o relatório, existe uma lacuna entre a formação de profissionais e a demanda do mercado. A falta de orientação vocacional pode gerar falsas expectativas em quem está começando a carreira. Nunca foi tão necessário intensificar o trabalho com as escolas e universidades para ajudar os jovens a ler as tendências do mercado de trabalho.

“O momento não é para ficarmos esperando o RH nos entregar o trabalho dos sonhos. A pergunta é: como eu me responsabilizo em criar o trabalho do futuro que eu quero viver?”

Para Rebelo, há dois aspectos que as instituições de ensino precisam reavaliar para que a tecnologia não seja um risco ainda maior do que já é para nossa civilização. O primeiro é ampliar o foco em relação à transmissão de conteúdo e não limitá-lo à aquisição de competências, que, apesar de ser importante, “despreza dimensões de cidadania e desenvolvimento pessoal”. O segundo aspecto é o que ele chama de doença da competitividade. “Os sistemas de ensino tendem a criar pessoas que consideram que o valor delas depende da desvalorização dos outros, e isso nos leva a um modelo social doentio e infantil”, explica.

Então, qual é o diferencial que garante nossa sobrevivência no mercado de trabalho? De acordo com Rebelo, “todas as carreiras estão sujeitas a sofrer mudanças por conta do alto desempenho das máquinas. Sempre que o trabalhador tenta competir com o computador, ele perde e não tem futuro. Em contrapartida, sempre que humaniza o modo como trabalha, torna-se insubstituível”.

RECALCULANDO A ROTA

Engana-se quem acha que precisa de superpoderes para se diferenciar das máquinas. Eis o que nos torna únicos: raciocínio e emoções. Fundamentados nisso encontramos as chamadas soft skills, ou habilidades comportamentais. É claro que precisamos do conhecimento técnico, mas é imprescindível que saibamos resolver problemas usando nossa criatividade, foco, disciplina, comunicação assertiva e empatia.

Para Sidnei Oliveira, foco é a principal dessas habilidades, e significa “começar uma atividade, aprofundar-se nela e terminá-la. A habilidade de concentração é uma necessidade. Isso é o que fará você gerar valor e fazer do seu trabalho uma atividade relevante para sociedade”, afirma.

“Uma das principais características necessárias no futuro é saber liderar a si mesmo”, ressalta Chemin. “Não esperar que as respostas venham de fora. Somos nós quem criamos as oportunidades na vida e no trabalho. Aprender a identificar o que você gosta do que não gosta é muito importante.”

E a pergunta que não quer calar: como identificar o que eu gosto? Como ter clareza nesse escuro caminho? Sim, caro leitor, estamos juntos nessa. Fiz essa mesma pergunta a Sandra Chemim e ela nos presenteou com uma dica interessantíssima: “Por vezes é mais fácil uma pessoa de fora identificar no que somos bons. Portanto, experimente enviar uma mensagem para dez pessoas que você conheceu em diferentes momentos da vida. Peça a elas que falem três coisas que você faça bem e deem exemplos. Ouça essas mensagens e perceberá que ali existem padrões”, explica.

Em busca desse mesmo propósito, Lucas Wilches, jornalista e empreendedor paulistano de 30 anos, resolveu pedir demissão do trabalho que tinha desenvolvido por mais de dez anos e montar seu próprio negócio. “Percebi em certo ponto da minha carreira que eu tinha muito mais habilidades para entregar para o mercado e para o mundo. Senti que a atividade que eu realizava até então me limitava. Foi quando pedi demissão”, relata.

Lucas é exemplo de uma geração que busca autonomia no trabalho. Segundo um relatório divulgado pela empresa FreshBooks, uma plataforma de gerenciamento contábil para trabalhadores autônomos nos Estados Unidos, subir a escada corporativa não é mais o sonho de muitos. Nos últimos anos, ocorreu uma mudança significativa de mentalidade e, com ela, surgiu uma força de trabalho que valoriza a flexibilidade sobre a estabilidade.

“É claro que tive medo, pois estava lidando com algo totalmente novo para mim. Foi quando comecei a me especializar para então atender as exigências dos clientes”, diz o jovem empresário, que reconhece que o mercado anseia por pessoas cada vez mais dinâmicas e apaixonadas pelo que fazem.

NOVAS PAISAGENS

Propósito, clareza, disciplina, foco, resiliência, flexibilidade e criatividade. Essas foram palavras pouco usadas nesses últimos meses. Mas, como vimos, são de grande importância para navegarmos com mais confiança nesse mar em que não avistamos horizonte. “Somos chamados a aceitar o que esta? acontecendo, para sermos curiosos e nos abrirmos para o novo”, afirma Chemin. “Vivi situações de isolamento e trabalho remotamente desde 2006. Aprendi duas lições: a primeira é que precisamos dar conta da nossa própria comida, cuidar dos filhos, definir bem os espaços entre família, saúde e trabalho; a segunda é que ninguém consegue sozinho, e sempre precisaremos de uma rede de apoio”, conclui Sandra Chemin, que acredita que grandes mudanças começam com pequenos passos.

“A vida sempre nos traz novas paisagens. Cabe a nós nos adaptarmos a cada uma delas”, me disse certa vez a psicóloga e escritora Maria Célia de Abreu. A frase é simples, mas carrega em si uma profundidade imensurável. Com expressão serena, voz suave e palavras bem articuladas, a doutora Maria Célia, aos 75 anos e com uma bagagem cheia de experiências, sabia exatamente a mensagem que desejava passar: não lute contra o que é óbvio na vida. As mudanças sempre lhe acompanharão, e você precisa ser flexível para lidar com cada uma delas.

O futuro é hoje. O trabalho é nosso, a vida é nossa. É preciso ânimo, considerando os desafios um convite para expandirmos a visão e revermos nossas ações e pensamentos. Sejamos a mudança que queremos ver no mundo. Então, mãos à obra.

PRESENTE DE DEUS

O trabalho vem de Deus e é útil no aperfeiçoamento do caráter. Ellen White escreveu: “Foi propósito de Deus aliviar pelo trabalho o mal acarretado ao mundo pela desobediência do homem. Pelo trabalho as tentações poderiam tornar-se ineficazes, e ser detida a onda do mal. E, embora acompanhado de ansiedade, cansaço e dor, é ainda o trabalho uma fonte de felicidade e desenvolvimento. Sua disciplina coloca um paradeiro à condescendência própria, e promove a operosidade, a pureza e a firmeza” (Mensagens aos Jovens, p. 213).

Equilíbrio. Essa é a forma que a Bíblia nos ensina a lidar com o trabalho. As Sagradas Escrituras condenam a preguiça (Pv 6:6-11; 13:4), mas também não aprovam o trabalho em excesso. Em Eclesiastes 4:6 encontramos: “Melhor é um punhado de descanso do que ambas as mãos cheias de trabalho e correr atrás do vento.”

E nesse ponto talvez caiba uma reflexão sobre como as mudanças no mundo do trabalho têm desafiado o equilíbrio. Se nos primórdios da Revolução Industrial ainda havia uma maior separação entre a fábrica e o ambiente doméstico, entre trabalho e lazer, no mundo tecnológico e conectado de hoje essas fronteiras praticamente se dissolveram. O trabalho nos acompanha em todo lugar. Embora essa facilidade tenha o lado bom, ela representa um perigo quando não conseguimos separar as coisas, o que talvez explique a avalanche de aplicativos, sites e serviços que prometem ajudar as pessoas a gerenciar a agenda e ser eficientes no trabalho e na vida.

BIANCA OLIVEIRA é jornalista freelancer e mora no Reino Unido

(Matéria publicada na edição de maio de 2020 da Revista Adventista)

Última atualização em 8 de maio de 2020 por Márcio Tonetti.