Ministério Maranatha no Brasil tem beneficiado a região Nordeste e amazônica. Celebração em São Paulo marca cinco anos de atuação da entidade no país
Lisandro Staut
Quando John Freeman organizou a primeira viagem missionária com seus amigos e familiares, de Berrien Springs, Michigan (EUA), para voar em seus pequenos aviões particulares até uma ilha no Caribe e ali construir uma igreja para uma comunidade em necessidade, ele não imaginava a dimensão que aquele plano alcançaria. Quase 50 anos depois, mais de 70 mil pessoas já participaram dos projetos da Maranatha Voluntários Internacional realizados em 87 países.
O pastor Erton Köhler, líder dos adventistas sul-americanos, comparou a ousadia e a capacidade visionária desse adventista às do apóstolo Paulo (At 19:11). Erton fez essa comparação durante a primeira convenção de voluntários da Maranatha realizada no Brasil, no dia 24 de junho, na Comunidade Adventista do Morumbi, em São Paulo.
Diante de voluntários que já serviram com a Maranatha na construção de igrejas, escolas, perfuração de poços, projetos de evangelismo ou atendimento médico, o líder lembrou que ele mesmo já trabalhou em um projeto de curta duração na República Dominicana. Destacou também que, para que o evangelho avance, é preciso de mãos dispostas a ajudar.
Em menos de cinco anos de atuação no Brasil, a Maranatha já contabiliza quase mil igrejas construídas e o envio de cerca de 300 voluntários brasileiros para projetos em dez países. Isso ocorreu porque o país não tem apenas necessidade de receber ajuda externa de um ministério de apoio à igreja, como a Maranatha, mas também potencial para enviar recursos e pessoas em missões ao exterior. Muitos desses testemunhos têm sido contados no programa semanal Maranatha Histórias de Missão, veiculado pela TV Novo Tempo.
Um dos principais exemplos do impacto da Maranatha no Brasil vem da Bahia e Sergipe. Segundo o pastor Geovani Queiroz, presidente da União Leste Brasileira, das mil igrejas construídas desde 2013, quase 650 delas foram erguidas com o apoio da Maranatha. A entidade trabalha com a doação e instalação de estruturas metálicas ao redor do mundo, no projeto chamado “Igreja de um dia”.
Contudo, o trabalho da Maranatha no Brasil não se resume à região Nordeste nem às áreas de difícil acesso na Amazônia. Recentemente a entidade entregou uma estrutura em Campinas e outra em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo. Ambos os projetos envolveram o trabalho de voluntários brasileiros que escolheram servir em comunidades do próprio país. Ao receber em menos de 30 dias um novo prédio, Antônio Pires, pastor em Embu das Artes, resumiu o impacto do que a Maranatha faz: “É um milagre, pois sem essa ajuda seria impossível essa igreja ter algo semelhante nos próximos cinco a dez anos.” Até o fim do ano, a entidade deve chegar à marca de mil estruturas erguidas em solo brasileiro. Faltam 40 igrejas para isso.
LISANDRO STAUT é jornalista e cursa mestrado em Teologia na Universidade Andrews (EUA)
(Publicada originalmente na edição de agosto de 2018 da Revista Adventista)
Última atualização em 20 de agosto de 2018 por Márcio Tonetti.