Videodocumentário lançado no Unasp narra a trajetória do ex-morador de rua que se tornou professor titular de uma das principais universidades públicas do país
Quem esteve na cerimônia de estreia do documentário Opostos, lançado nacionalmente nesta quarta-feira (22), no Unasp, campus Engenheiro Coelho (SP), pôde conhecer pessoalmente o protagonista da história. Ao fim da apresentação do videodocumentário, Luiz Cietto foi aplaudido de pé.
Com duração de 45 minutos, a produção do centro universitário adventista, realizada em parceria com profissionais de vários países, narra a trajetória do fundador do curso de Enfermagem da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e membro da equipe que coordenou a construção do Hospital de Clínicas na mesma universidade. Formado em Direito e Enfermagem, o professor titular da Unicamp tem dois pós-doutorados, além do título de livre docente.
A universitária Fernanda Nascimento, que esteve entre os espectadores, diz que se sentiu motivada pela história de superação. “Ele não tinha nada e, mesmo assim, possuía objetivos bem definidos que o levaram adiante”, ressalta.
“Vimos uma pessoa determinada e focada que buscou superar, por meio dos estudos, todas as deficiências e dificuldades”, acrescenta o pastor Paulo Martini, diretor geral do campus.
Filmado no Brasil, na Inglaterra, na Itália e nos Estados Unidos, Opostos mostra os dois lados da mesma história. A figura do menino que saiu cedo de casa, fugindo da violência do pai, e viveu durante três anos nas ruas da maior metrópole do país, contrasta com a do professor universitário adventista que, com esforço e determinação, chegou ao topo da carreira acadêmica. Além de frequentar programas de pós-graduação nas principais universidades brasileiras, Cietto estudou na Universidade de Bolonha, na Itália, e na Universidade de Columbia, considera uma das dez mais importantes dos Estados Unidos.
Digna das telas, a história dele já foi contada em outro videodocumentário produzido em 2009 por formandos do curso de Jornalismo da instituição. Na época, o enredo acabou chamando a atenção da liderança mundial da Igreja Adventista, que decidiu patrocinar algo maior.
Na data do lançamento da superprodução, que levou quatro anos para ser concluída, alunos de toda a rede adventista no Brasil receberam o filme no formato DVD. A ideia é usar o material para trabalhar alguns dos valores propostos no Plano Mestre de Desenvolvimento Espiritual (PMDE). “Por tratar sobre superação e valores, o filme tem tudo que ver com a filosofia da educação adventista”, ressaltou o pastor Edgard Luz, líder sul-americano da rede, numa entrevista à Agência Sul-Americana de Notícias (ASN).
EMANUELY MIRANDA é estudante de Jornalismo no Unasp, campus Engenheiro Coelho (SP)
Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.