Como o livro O Grande Conflito ajudou um casal a superar a crise existencial
Heron Santana
Nascida em Maracanã, cidade pesqueira a 164 km de Belém, a paraense Bianca dos Santos Silva, de 26 anos, chegou ao auge de uma crise existencial. Guiada desde cedo por tradições de uma confissão religiosa, ela não conseguia encontrar sentido em sua experiência de fé. A falta de sintonia entre a vivência religiosa vazia e o desejo pessoal de uma relação plena com Deus causava-lhe angústia. O sentimento era compartilhado com o futuro esposo, Felipe Miranda, que na época morava em Curitiba (PR). O relacionamento a distância era pontuado por considerações sobre o dilema espiritual comum a ambos.
Em abril de 2023, as inquietações de Bianca encontraram resposta. Logo depois de orar suplicando por alívio espiritual, ela ouviu alguém bater à porta de sua casa. Eram Marcos Gomes e Suzaeny dos Santos, voluntários que participavam do Impacto Esperança em Marituba, na região metropolitana de Belém (PA). Quando eles explicaram sobre o livro que estava sendo distribuído, O Grande Conflito, Bianca aceitou um exemplar e, na mesma ocasião, concordou em estudar a Bíblia.
Bianca começou a ler o livro e não conseguiu parar. Quando o esposo chegava em casa ao fim do dia, retornando do trabalho, ela compartilhava tudo o que tinha aprendido. “Praticamente li o livro através da Bianca”, ele relembra. As páginas estão repletas de anotações. Ela se sentava para ler o livro com a Bíblia ao lado e um caderno para anotar as coisas que aprendia. Um dado curioso é que Bianca não tinha lido um livro inteiro até então.
A leitura do livro despertou no casal o interesse em conhecer mais da Palavra de Deus. Então, Marcos e Suzaeny, que haviam se colocado à disposição desde o início, passaram a ministrar os estudos bíblicos.
O pastor Wellington Almeida, líder da Igreja Adventista para a região norte do Pará, explica que a orientação dada aos voluntários foi a de retornar às casas para verificar como estava sendo a leitura do livro e oferecer acompanhamento. Tendo esse objetivo em vista, a igreja desenvolveu uma estratégia chamada “Teia”, acrônimo formado pela primeira letra das palavras treinamento, estratégia, intencionalidade e acompanhamento. “Você tem que ter uma teia na distribuição do livro. Primeiro, o treinamento para a igreja, depois a estratégia de distribuição. A intencionalidade leva a entender que você não está indo apenas entregar um livro, você está buscando salvar pessoas. E o acompanhamento posterior faz toda a diferença no processo de transformação espiritual dos leitores”, destaca o pastor Wellington.
Bianca e Felipe foram batizados durante um concílio ministerial em janeiro deste ano. O compromisso com os princípios bíblicos levou Felipe a deixar o emprego, após várias tentativas de negociar com a empresa a questão da observância do sábado. Apesar desse desafio, eles estão felizes por terem encontrado sentido e esperança. Agora, o casal tem buscado ajudar outras pessoas a conhecer a mensagem que mudou a jornada espiritual deles.
Neste ano, os adventistas dos estados do Pará, Amapá e Maranhão distribuirão 1,5 milhão de exemplares do livro O Grande Conflito, a mesma quantidade entregue no ano passado. Somente no território onde vivem Bianca e Felipe, serão entregues cerca de 370 mil exemplares.
HERON SANTANA é jornalista e lidera o departamento de Comunicação na União Norte-Brasileira
(Testemunho publicado na seção Impacto Esperança da Revista Adventista de março/2024)
Última atualização em 11 de março de 2024 por Márcio Tonetti.