Chileno conta como sobreviveu à avalanche provocada pelo terremoto de 7,8 graus que sacudiu o país asiático
“Estávamos no acampamento base quando iniciou o tremor. A geleira vibrava com o movimento e se quebrava. A nebulosidade que cobria as montanhas que nos cercavam não nos permita enxergar muito. Logo o estrondo começa a aumentar, as montanhas retumbam e tínhamos a sensação de que algo se estava aproximando, mas não víamos nada”. O relato é do alpinista Ernesto Olivares Miranda, de 52 anos, um adventista chileno que integra uma equipe de montanhistas que estava no monte Everest quando o terremoto de 7,8 graus na escala Richter sacudiu o Nepal no sábado, 25 de abril.
O acampamento base onde Miranda se encontrava está localizado a 5.360 m de altura. “Foram segundos eternos de incertezas. Olhamos para trás e às nossas costas se aproximava uma nuvem de neve que avançava em grande velocidade. Decidimos esperar alguns segundos para ver se ela nos atingiria. Foi então que decidimos nos jogar no gelo, ao lado de um amontoado de rochas. Por alguns segundos sentimos que sobre nós passava um forte vento e começou a cair neve”, ele conta. Miranda e sua equipe estavam a 50 metros de onde a avalanche passou, conforme contou o alpinista à Agência Sul-Americana de Notícias.
Para saber mais detalhes de como ele foi salvo da tragédia, clique aqui. [Equipe RA, da Redação / Com informações de Cárolyn Azo, equipe ASN]
Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.