Pesquisa mostra o que pensam os americanos sobre liberdade de imprensa e de religião

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Levantamento foi realizado pelo Pew Research Center no final do mês de janeiro

"Eu sou Charlie": frase se tornou símbolo da defesa pela liberdade de expressão depois de atentado em Paris. Foto: Valentina Calà/Flickr
Maioria dos americanos concordou com a postura do jornal francês de publicar sátiras de Maomé. Foto: Valentina Calà/Flickr
Uma pesquisa recém-divulgada pelo Pew Research Center procurou saber a opinião dos americanos a respeito da liberdade de imprensa e de religião depois do atentado à sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris. Entre o grupo que afirmou ter ouvido falar sobre o caso (76%), mais da metade (60%) disse concordar com a publicação das charges do Profeta Maomé pelo periódico francês. A maioria deles (70%) defendeu a posição em nome da liberdade de expressão e de imprensa. O levantamento revelou que o apoio para as publicações é maior entre os republicanos (70%) – embora historicamente sejam considerados mais conservadores -, do que entre os democratas (55%).

Por outro lado, aproximadamente três em cada dez (28%) disseram ser contrários às sátiras do jornal. Entre os que não concordaram, 35% responderam que as crenças religiosas devem ser respeitadas e 31% consideraram que os desenhos eram ofensivos, politicamente incorretos ou inadequados.

Outro ponto questionado na pesquisa foi se eles acreditavam ou não numa possível influência do ataque ao Charlie Hebdo na cobertura da mídia sobre religião. Segundo o prognóstico de 48% daqueles que informaram ter ouvido falar a respeito do atentado, o fato não trará nenhum reflexo nesse sentido. Em contrapartida, 24% creem que a imprensa norte-americana estará menos disposta a publicar conteúdos que ofendam as crenças religiosas.

A consulta popular foi realizada entre os dias 22 e 25 de janeiro e ouviu 1.003 americanos. [Da redação / Com informações do Pew Research Center]

Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.