Mensagem de saúde mobiliza a igreja e leva esperança para as ruas
Neste ano tive a oportunidade de acompanhar o Impacto Esperança em Goiânia, Campo Grande, Cuenca (Equador) e Lima (Peru). Em cada um desses lugares fiquei impressionado com a ousadia e a criatividade da igreja. Nosso “exército” foi às ruas para compartilhar não apenas cultura, por meio do livro missionário, mas saúde e esperança.
Poderia contar muitas histórias, mas quero lembrar apenas algumas. No Equador, o projeto motivou o irmão Calebe, de 70 anos, a correr e pedalar 4 mil quilômetros por todas as províncias do país a fim de levar a mensagem de saúde. Em cada cidade aconteceu uma verdadeira festa missionária. No Peru, o projeto durou uma semana e foi chamado ADELANTE, acróstico em que cada letra representa um dos remédios naturais dados por Deus. Milhares de pessoas participaram, e a comunidade foi impactada. No Brasil, os três campi do Unasp se envolveram. Em São Paulo, o centenário da instituição está sendo comemorado com a entrega de 100 mil livros, e em Engenheiro Coelho mais de 50 ônibus saíram com estudantes e membros da igreja para impactar a região de Campinas.
Os livros foram distribuídos em formato físico e virtual. Até drones foram utilizados. Com ônibus, carros, barcos, motos e bicicletas, foram alcançadas grandes e pequenas cidades, comunidades rurais e tribos indígenas, autoridades, artistas, celebridades e gente comum. A mensagem adventista de saúde foi fundamental para abrir portas e motivar as pessoas a participar. Um dos destaques, porém, foi o uso das redes sociais na promoção e especialmente no acompanhamento do projeto. Em países como Brasil, Peru, Argentina e Equador o projeto foi um dos temas mais comentados nas redes sociais nos dias 30 e 31 de maio. Foi um dos maiores movimentos missionários dos últimos anos.
Meu coração está cheio de gratidão a Deus e a todos os que dedicaram seu tempo, influência, dons e recursos para cumprir a missão de maneira tão relevante. Nosso desafio agora é colher os resultados e continuar mantendo esse compromisso no coração da igreja.
Outra vez constatamos que, quando agimos unidos, somos mais fortes, vamos mais longe e chegamos mais rápido. Muitos pequenos projetos nos tornariam insignificantes, mas um grande projeto nos tornou relevantes. O mais marcante, porém, foi ver como a missão uniu as pessoas. Num dos locais que visitei, durante o Impacto, ouvi o seguinte comentário: “Temos muitos problemas por aqui, mas o Impacto Esperança nos uniu. Colocamos nossas energias na missão, e os problemas perderam sua relevância.” É isso mesmo. A missão une as pessoas!
A fórmula de David Livingstone ainda continua atual: “O melhor remédio para uma igreja enferma é colocá-la em dieta missionária.” Você já notou que, quanto mais tempo gastamos com a missão, menos problemas temos para resolver em comissão? Líderes envolvidos com a missão normalmente são parte da solução e não do problema, porque “quem está remando não tem tempo de balançar o barco” (Ruy Nagel). O pregador Dwight Moody costumava dizer que, quando alguém não está envolvido com a missão, “é como um bombeiro que corre para um prédio em chamas apenas para ajeitar o quadro na parede”. E Charles Spurgeon foi ainda mais contundente: “Se você não está levando ninguém para o Céu é porque não está indo para lá.”
Neste momento em que enfrentamos o desafio da unidade da igreja tanto em nível mundial quanto local, precisamos reforçar o compromisso com a missão, sempre lembrando que “o fim de todas as coisas está às portas, e o que tiver que ser feito pela salvação de pessoas deve ser feito rapidamente” (Ellen White, Perto do Céu, p. 69). Por meio da missão, Deus une as pessoas.
ERTON KÖHLER é presidente da Igreja Adventista para a América do Sul
Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.