Nesta semana, a igreja será convidada a buscar o poder do Céu com mais intensidade
O que é mais importante para você: Deus ou uma pizza? Bem, para fazer esse tipo de pergunta, estou considerando que você goste de pizza tanto quanto eu. Sei que essa questão pode parecer óbvia ou até desrespeitosa, mas é somente uma chance para convidá-lo a pensar sobre o verdadeiro lugar que Deus ocupa em sua vida.
A resposta é óbvia e não imagino que seja diferente: Deus é mais importante, e sem qualquer comparação. Mas é realmente assim? Pense comigo: Se você tem uma semana especial na igreja e um convite para comer pizza com os amigos no mesmo horário do culto da noite, qual dos dois escolhe? Se tem apenas 15 minutos pela manhã, você escolhe a comunhão pessoal ou o desjejum? Onde você gasta mais tempo: nas redes sociais ou nos momentos devocionais? As perguntas poderiam ser diferentes, mas Deus realmente ocupa o primeiro lugar?
É tempo de não vacilar com as coisas espirituais. Ou estamos realmente comprometidos com Deus ou a batalha estará perdida. Ou nossas palavras combinam com nossas prioridades ou seremos como a casa construída sobre a areia, que parece forte e bonita, mas não resiste às primeiras tempestades.
Vivemos um momento decisivo da história. Estamos expostos às tentações mais sutis do inimigo e enfrentamos uma desafiadora crise espiritual como igreja. Essa é uma combinação altamente perigosa. O escritor e evangelista britânico Leonard Ravenhill descreveu de maneira dramática essa condição, em que “temos muitos que organizam, mas poucos que agonizam; muitos cantores, mas poucos intercessores; muitos convencidos, poucos convertidos; muitos informados, poucos transformados”.
É tempo de nos levantarmos para realmente colocar primeiro Deus na vida pessoal e também na igreja. Nos escritos de Ellen White, a certeza é clara: “A confiança em nós mesmos se desvaneceria se falássemos menos e orássemos mais” (Filhos e Filhas de Deus, p. 99). E as promessas são fortes: “Aquele que, com fé simples, mantiver comunhão com Deus atrairá a si divinos raios de luz, que o fortalecerão e susterão no conflito com Satanás” (Para Conhecê-Lo, p. 272). “Se tiverdes voz e tempo para orar, Deus terá tempo e voz para responder” (Minha Consagração Hoje, p. 12). Por que não experimentar?
Uma grande oportunidade para isso serão os 10 Dias de Oração, de 9 a 18 de fevereiro. Sei que a vida espiritual não se constrói nem se sustenta em dez dias, mas pode receber motivação especial. As mais de 26 mil igrejas da Divisão Sul-Americana, com seus pequenos grupos e unidades de ação, estão sendo chamadas a repetir o Pentecostes e buscar o Senhor de maneira mais profunda, nas madrugadas, nas casas, nos templos e nas redes sociais. Serão apenas dez dias, mas que poderão ter um efeito duradouro durante todo o ano e alcançar a eternidade!
Não podemos nos iludir, pois “todas as coisas terrenas são como água salgada: fazem aumentar a sede, mas não satisfazem” (Richard Sibbes). Se apenas fizermos de conta, vamos cair. A única maneira de permanecer em pé é seguir o conselho do próprio Cristo no sermão do monte: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mt 6:33, NVI).
Essa é a razão pela qual a comunhão está em primeiro lugar na visão de discipulado da igreja. E, no projeto de ação integrada, os 10 Dias de Oração são a primeira iniciativa. Para reforçar ainda mais essa experiência, no dia 18 de fevereiro, o último sábado dos 10 Dias, vamos permanecer dez horas na igreja em vigília, jejum e participação na jornada de estudo da Bíblia. Isso vai quebrar a rotina espiritual, proporcionando as bênçãos do jejum parcial ou total e do estímulo para “cavar mais fundo” na Bíblia.
“Quando Deus quer fazer uma grande obra, primeiro Ele coloca seu povo para orar”, disse o pregador Charles Spurgeon. Chegou o momento para isso. Afinal, uma igreja reavivada será ainda mais relevante no cumprimento da missão.
O resultado aparecerá de maneira clara e rápida. “Ao aliar-se o poder divino com o esforço humano, a obra se propagará como o fogo na palha”, prevê Ellen White (Eventos Finais, p. 207). Com isso, veremos mais rapidamente nossa esperança se tornar realidade!
ERTON KÖHLER é presidente da Igreja Adventista para a América do Sul
Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.