Ameaça vulcânica

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Brasileiro relata qual é a situação das instituições da igreja que ficam a aproximadamente 20 km do vulcão Taal, nas Filipinas

Márcio Tonetti

Imagem feita do campus da universidade adventista das Filipinas, que fica a cerca de 20 km da cratera do vulcão Taal. Foto: Evan Oberholster

Se na Austrália o problema estão sendo os incêndios que devastaram os estados de Nova Gales do Sul e Victoria, nas Filipinas é o vulcão Taal, localizado numa região bastante povoada e frequentada por muitos turistas, que está assustando a população neste início de ano. Pelo fato de a atividade do vulcão, um dos mais ativos do país, ter atingido o nível 4, ou seja, quando a possibilidade de ele começar a expelir lava é iminente, o governo deu ordem de evacuação a todos que moram num raio de 14 km.

A medida de segurança não incluiu a região em que ficam algumas instituições adventistas, como o escritório da Divisão do Pacífico Sul-Asiático, o Centro de Evangelismo Digital da Rádio Mundial Adventista (AWR-CDE) e o Instituto Adventista Internacional de Estudos Avançados (AIIAS). Mesmo assim, por estarem situadas a aproximadamente 20 km da cratera, essas comunidades foram bastante afetadas pelo pó fino que se espalhou, deixando muita sujeira, matando boa parte da vegetação e fragilizando a saúde dos moradores.

Devido à grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) liberada na atmosfera e à cinza vulcânica, cuja principal substância tóxica é o dióxido de enxofre, algumas pessoas tiveram problemas respiratórios. Por conta disso, houve uma grande demanda por máscaras especiais. Diante da situação, a ADRA da Coreia do Sul doou três mil máscaras e a agência de seguros da igreja (Adventist Risk Management) sul-americana, outras trezentas, segundo Dioi Cruz, pastor brasileiro que trabalha e vive no campus da universidade adventista das Filipinas.

A cinza tóxica expelida pelo vulcão alcançou a universidade adventista das Filipinas. Professores, funcionários e alunos que permaneceram no campus se mobilizaram para fazer a limpeza do local e atender as necessidades da comunidade. Foto: Evan Oberholster

Apesar de a instituição de ensino ter sido forçada a suspender temporariamente as atividades, alguns funcionários e alunos permaneceram e se mobilizaram para realizar mutirões de limpeza na comunidade. Através da ADRA, os adventistas também ajudaram a suprir necessidades básicas das famílias desalojadas, como a falta de água potável, roupas e alimentos. “Felizmente, estamos seguros, mas em sinal de alerta. A igreja tem planos de evacuação, no caso de uma erupção”, relatou Cruz, que é diretor do programa de doutorado em Missiologia no seminário filipino.

A atuação dos adventistas diante das catástrofes que marcaram o primeiro mês de 2020 é tema de uma reportagem que preparamos para a edição de fevereiro da Revista Adventista. Vamos contar como foi a mobilização dos membros da igreja e da ADRA diante das catástrofes que atingiram desde a Indonésia até o Brasil.

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MÁRCIO TONETTI é editor da Revista Adventista

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 por Márcio Tonetti.