Líder da igreja na América do Sul responde perguntas dos internautas ao vivo no Facebook
Numa conversa aberta e informal, o pastor Erton Köhler, líder da igreja na América do Sul, interagiu como os internautas na manhã desta quinta-feira, 1° de dezembro, por meio de uma transmissão ao vivo no Facebook. Ao ressaltar que sua função administrativa nem sempre permite um contato direto com os membros, ele ressaltou que “conversar faz bem para a caminhada da igreja”.
Durante mais de uma hora, o pastor respondeu perguntas sobre vários temas. Ao ser questionado, por exemplo, sobre como tornar a Escola Sabatina mais relevante, o líder admitiu que é necessário revitalizar o “coração da igreja”. Porém, ele considerou que “o segredo não está em um plano mirabolante, mas em resgatar suas raízes”. Na opinião dele, isso deve envolver aspectos como a capacitação dos professores para não somente transmitir informações mas pastorear os membros da classe, maior contato dos membros com a lição da Escola Sabatina e mudanças na própria estrutura do programa.
Outro aspecto abordado pelo líder foi a preocupação com as novas gerações. De acordo com ele, a igreja está perdendo mais jovens do que em outros momentos da história adventista e isso é lamentável. Conforme argumentou o presidente, apesar de a resolução do problema não depender exclusivamente da liderança da igreja, é preciso reconhecer que cabe à organização realizar mudanças que ajudem a reverter o quadro.
“A igreja pode ouvir mais os jovens, envolvê-los na liderança e oferecer a eles menos agitação e mais conteúdo”, reconheceu.
Para tanto, de acordo o pastor Köhler, a igreja na América do Sul está “incentivando uma mudança de paradigma para que o jovem seja visto como pessoa e não como número”, sublinhou ao afirmar que a geração hiperconectada têm se sentido, ao mesmo tempo, abandonada.
Com base nesse ponto de vista, o pastor Köhler acrescentou que “os jovens precisam de menos evento e mais acompanhamento”. Como exemplo, ele citou o caso de pastores que recentemente se inscreveram no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) com o objetivo de apoiar os estudantes que aguardaram o pôr do sol para fazer a prova. “Quando um pastor desses sobe ao púlpito, a mensagem dele chega ao coração do jovem”, frisou.
Por outro lado, ele observou que o desafio de tornar a igreja relevante para as novas gerações também envolve as famílias. “Se os pais não fizerem algo para tornar mais dinâmica a vida espiritual dos filhos, a igreja não poderá fazer muita coisa”, ponderou.
Além de responder questionamentos sobre a dificuldade das instituições de absorver parte dos pastores que concluem a graduação em Teologia e se posicionar a respeito de temas como o tipo de música apropriada para os cultos, o líder sul-americano tirou dúvidas a respeito de movimentos contemporâneos como o da “igreja emergente”, conceito que tem se popularizado no meio evangélico.
Ao explicar que os adeptos dessa corrente tendem a supervalorizar os aspectos emocionais e psicológicos da religião, ele observou que, embora o movimento da igreja emergente defenda alguns princípios válidos, a Igreja Adventista não compartilha da mesma visão em muitos aspectos. “Cremos em nossa responsabilidade social e na necessidade de ser relevantes. Porém, não oferecemos um prato de sopa somente para dizer que a pessoa foi alimentada. Damos o que ela quer para depois oferecer o que ela precisa. Podemos dar tudo o que uma pessoa necessita, mas se não apresentarmos Jesus a transformação não será suficientemente profunda e verdadeira”, declarou.
O bate-papo na rede social teve milhares de visualizações. Alguns internautas elogiaram a iniciativa e sugeriram, inclusive, que a igreja continue usando sua página no Facebook para transmitir conversas ao vivo com outros líderes da organização no continente. Veja a seguir algumas reações do público. [Márcio Tonetti, equipe RA]
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Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.