Página especial mostra como foi a viagem de um grupo de pesquisadores e educadores adventistas às “ilhas de Darwin”
O arquipélago de Galápagos, localizado na costa do Equador, é o tema da reportagem de capa da edição de setembro da Revista Adventista. O enviado especial Michelson Borges mostra o que o naturalista inglês Charles Darwin não viu ao visitar as ilhas há 180 anos. O pastor e jornalista fez parte da expedição de um grupo de cem pesquisadores e educadores adventistas à região que, em breve, deve ganhar um centro de estudos criacionistas.
Além de produzir a reportagem publicada na edição impressa, Michelson Borges escreveu um diário de viagem exclusivo para a versão digital da revista. O conteúdo está disponível no espaço RA +. Clique na imagem para acessar a página.
Saiba +
AS LENTES DE DARWIN
Descubra quais foram as principais ideias que influenciaram o naturalista britânico antes de ele se tornar o “pai do evolucionismo”.
- Nascido em 1809, Charles Darwin cresceu numa Inglaterra em ebulição. Marcada pelos ideais iluministas, a sociedade da época era receptiva a novas ideias no campo das ciências naturais e mesmo da teologia.
- Na infância, recebeu influência do avô Erasmus Darwin, para quem a razão era divina e o progresso era seu profeta, e Josiah Wedgwood, um cristão unitarista cheio de dúvidas.
- Como estudante de Medicina na Universidade de Edimburgo, o naturalista britânico teve contato com os Plinianos, grupo que pretendia reformar a sociedade dominada pela igreja. Isso deve ter afetado a mente do garoto de 17 anos.
- Nesse novo mundo estudantil, acompanhou discussões sobre ciência e posições contrárias sobre tudo, inclusive de William Browne, que “não via diferença entre o homem e os animais”.
- Entre todos os seus mentores em Edimburgo, destacou-se Robert Grant, especialista em esponjas e evolucionista. Nada era sagrado para Grant. Com seu humor mordaz, não perdoava nem mesmo as Escrituras. Seu pensamento moldaria a abordagem inicial de Darwin sobre a evolução.
- De todos os livros que exerceram grande impacto sobre o jovem Darwin, a obra Principles of Geology foi a principal. Nela, Charles Lyell defendeu a ideia de que os fenômenos geológicos se processaram ao longo de vastos períodos de tempo, o que serviu “como uma luva” para a teoria de Darwin.
O QUE DARWIN NÃO VIU EM GALÁPAGOS
Evidências de macroevolução – Darwin não as viu porque elas não existem. O que se pode ver nas Ilhas Galápagos – e em quase qualquer lugar do mundo – são evidências de adaptação, diversificação e, como alguns costumam dizer, “microevolução”. Só isso. As variações são limitadas e jamais poderiam ser utilizadas como argumento para justificar a ideia da macroevolução, segundo a qual todos os seres visos – de árvores a baleias – teriam se originado de um ancestral comum.
Evidências de design inteligente – Darwin não as viu porque, devido às influências naturalistas a que ele esteve submetido na juventude, acabou se recusando a ver a interferência de qualquer poder sobrenatural na natureza. Para os naturalistas, a vida simplesmente surge e vai se tornando mais complexa com o tempo. Nem precisa dizer que essa ideia é filosófica e contraria a ciência.
Evidências de complexidade irredutível – Darwin também não viu isso porque ele simplesmente não poderia ter visto, já que não possuía os meios para tanto. Nem microscópio adequado havia no tempo dele. E a biologia molecular e a bioquímica levariam um bom tempo para ser desenvolvidas.
Fontes: Darwin: A vida de um evolucionista atormentado (2009) e Michelson Borges / Fotos: Wikimedia
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https://www.youtube.com/watch?v=PvSbst4yHpg
Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.