Escola de voluntários

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ONG prepara jovens para ser missionários em comunidades de difícil acesso da Amazônia
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Coordenadores do projeto Salva-Vidas Amazônia, líderes da igreja no Estado, administradores da Divisão Sul-Americana e empresários adventistas inauguraram salas de aula que irão ampliar as possibilidades de formação de missionários para atuar em comunidades ribeirinhas. Foto: Márcio Tonetti

Provavelmente, um dos retratos da igreja no Brasil mais conhecidos internacionalmente seja o das lanchas missionárias singrando as águas dos rios da Amazônia. Durante décadas, esse trabalho de evangelização foi feito pelas lanchas Luzeiro. Porém, em 2007, outro grupo de voluntários decidiu dar continuidade ao ministério que começou na década de 1930 com o casal norte-americano Léo e Jéssie Haliwell. Foi com esse propósito que  nasceu o projeto Salva-Vidas Amazônia, que hoje consiste num importante ministério de apoio à igreja no maior estado brasileiro.

Com sede na vila Puraquequara, a aproximadamente 30 quilômetros de Manaus, o projeto Salva-Vidas Amazônia inaugurou no dia 18 de setembro um espaço que contribuirá para a formação de novos missionários para atuar em regiões isoladas da maior floresta tropical do planeta. Na ocasião, foi inaugurada a Escola de Missões Salva-Vidas. A cerimônia contou com a presença da liderança da igreja no Estado, de administradores da Divisão Sul-Americana e de empresários adventistas que apoiaram a iniciativa.

Conforme explica Bradley Robert Mills, o enfermeiro norte-americano que coordena o projeto Salva-Vidas Amazônia, “a Escola de Missões existe com o propósito de preparar pessoas que querem doar um ou dois anos para alcançar comunidades ribeirinhas ou indígenas ainda sem presença adventista. “Procuramos adaptar os alunos à cultura e à vida cotidiana da Amazônia”, acrescenta a enfermeira Andressa Ferguson de Lima, que estruturou o projeto depois de ter feito um curso de um ano e meio nos Estados Unidos.

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Treinamento oferecido pela ONG dura três meses. Foto: Márcio Tonetti

Desde que a escola de voluntários começou a funcionar, em fevereiro de 2013, já foram formadas cinco turmas, das quais saíram 40 voluntários que estão espalhados pelo interior do Amazonas. Entretanto, uma das limitações da escola era que não havia um espaço próprio para os treinamentos. A realidade mudou neste ano, quando a Federação dos Empreendedores Adventistas (FE) canalizou recursos para a construção. “Além de ajudar a financiar a construção da Escola de Missões, todos os anos a FE envia recursos que contribuem para mantermos as necessidades básicas dos voluntários que estão espalhados pelo interior da Amazônia”, observa Bradley Mills.

Os voluntários são preparados para a vida amazônica por meio de um curso intensivo de três meses envolvendo aulas nas áreas de missiologia e saúde. “Ensinamos sobre doutrinas, organização da igreja, evangelismo pessoal, viver cristão, contextualização do evangelho para a cultura local, além de mostrar noções básicas de saúde que podem ajudar as comunidades atendidas a ter qualidade de vida”, conta Andressa.

“Depois que eles concluem o curso, selecionamos os alunos que apresentam melhores condições de representar a igreja nesses lugares de forma correta”, explica Mills.

NOVAS TURMAS

Para quem pensa em doar um período da vida para ser voluntário no Estado do Amazonas, a Escola de Missões Salva-Vidas está com as inscrições abertas para uma nova turma que começa em fevereiro de 2016. Para se inscrever, clique aqui. [Reportagem e fotos: Márcio Tonetti, equipe RA]

VEJA OUTRAS IMAGENS DA INAUGURAÇÃO DA ESCOLA DE VOLUNTÁRIOS

[Créditos das imagens: Márcio Tonetti]

Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.