Setenta e três anos depois de a igreja na Namíbia ter suas escolas fechadas, educação adventista volta a marcar presença no país africano
No dia 13 de janeiro, a Namíbia inaugurou sua primeira escola adventista desde que as instituições educacionais da denominação foram fechadas, em 1943, durante a II Guerra Mundial. O projeto começou há seis anos, quando a igreja local abriu uma creche nas dependências do templo. Diante da falta de recursos e de estrutura, o sonho de um espaço próprio, onde funcionasse uma escola primária completa, só se tornou possível com a ajuda da Maranatha Volunteers International, ministério de apoio adventista que tem ajudado na construção de escolas e igrejas em diversas regiões carentes ao redor do mundo.
Nas duas primeiras semanas de funcionamento, a Escola Adventista Muvuluna efetuou a matrícula de 56 alunos, e esse número está aumentando rapidamente. O objetivo da igreja para os próximos anos é plantar novas escolas nessa região, que concentra cerca de 80 por cento dos 18 mil adventistas que vivem no país. O fato de essa localidade apresentar grande carência de escolas públicas é outro motivo que deve levar a denominação a fortalecer a presença da educação adventista nessa parte do continente africano.
A Namíbia, território que já foi conhecido como Sudoeste Africano, teve sua história marcada por conflitos étnicos e pela desigualdade social. Colônia alemã de 1884 a 1915, essa região foi dominada após a II Guerra Mundial pela África do Sul e só conquistou o status de país independente em 1990. A primeira escola adventista de que se tem notícia na Namíbia foi aberta em 1920. Alguns anos mais tarde, outras doze foram implantadas. Mais de setenta anos após o fechamento dessas unidades, a inauguração de uma nova escola na região marca o retorno da educação adventista ao país. [Márcio Tonetti, equipe RA / Com informações de Andrew McChesney, da Adventist Review]
Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.