Vegetarianismo em debate

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Coordenador do Estudo Advento participa de programa da TV Cultura sobre dieta vegetariana

O levantamento mais recente do Ibope sobre o número de vegetarianos no Brasil, divulgado em 2012, mostrou que os adeptos da dieta sem carne já representavam cerca de 8% da população. Apesar da escassez de dados atualizados sobre o vegetarianismo no país, os especialistas acreditam que esse número tenha aumentado.

As motivações para a mudança de hábitos alimentares da população variam. Muitos adeptos do vegetarianismo buscam uma vida mais saudável, outros querem ser mais éticos com os animais e há ainda os que optam por tirar carnes da alimentação porque procuram um planeta mais sustentável. Também há aqueles que deixam de comer carne simplesmente pensando em perder peso.

Os benefícios desse tipo de mudança na alimentação, bem como os mitos sobre o vegetarianismo e os cuidados necessários para manter uma dieta balanceada foram alguns dos temas discutidos nesta quarta-feira (22) no programa JC Debate, veiculado pela TV Cultura. Um dos entrevistados foi o cardiologista Everton Padilha Gomes, que trabalha no Incor (Instituto do Coração).

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O médico adventista teve a oportunidade de falar sobre o Estudo Advento, pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) que está avaliando a saúde de 1,4 mil adventistas.

Gomes observou que, embora os dados ainda estejam sendo analisados, os resultados preliminares confirmam a vantagem de ser vegetariano. “Vários marcadores que estão associados às doenças cardiovasculares foram mais favoráveis em pacientes vegetarianos. Isso é algo que chamou muito a atenção e que pode ajudar na saúde preventiva da população em geral”, destacou o coordenador do estudo pioneiro no Brasil.

Everton Padilha Gomes aproveitou para esclarecer que, ao contrário do que alguns imaginam, a dieta vegetariana pode ser praticada não somente por pessoas que tenham condições financeiras privilegiadas. Segundo ele, o próprio Estudo Advento confirma isso, já que 35% dos participantes vegetarianos e ovolactovegetarianos ganham menos de três salários mínimos. “Some-se a isso o fato de algumas dessas pessoas serem vegetarianas há mais de dez anos, o que reforça o fato de que o vegetarianismo é algo acessível para todas as classes”, sublinhou. [Equipe RA, da Redação]

Assista ao programa na íntegra

https://www.youtube.com/watch?v=K3UQ133HJEI

Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.