Adventistas participam de grupo de trabalho que busca tornar mais efetiva a assistência religiosa nos presídios do MS

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No lançamento da iniciativa, que aconteceu em Campo Grande na última terça-feira, dia 28, autoridades da área de segurança destacaram o papel ressocializador da religião

Adventistas participam de grupo de trabalho que busca aperfeiçoar a assistência religiosa nos presídios do MS
Iniciativa pretende definir novas diretrizes para a atuação de entidades religiosas nas unidades prisionais do Mato Grosso do Sul. Créditos da imagem: site do governo do MS
Representantes da Igreja Adventista participaram na última terça-feira, 28 de julho, do lançamento do “Grupo de Trabalho para a Ampliação e Aperfeiçoamento Normativo da Assistência Religiosa nos Presídios”. A iniciativa, que tem o objetivo de definir novas diretrizes para a atuação de entidades religiosas nas unidades prisionais do Mato Grosso do Sul, é coordenada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

Durante a cerimônia de abertura dos trabalhos, o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, explicou que o grupo é formado por representantes de diferentes denominações religiosas que já atuam junto à população carcerária do Estado, além de servidores da administração penitenciária. Os membros, de acordo com ele, “serão responsáveis por desenvolver um estudo para traçar estratégias e meios de estender ainda mais a assistência religiosa aos privados de liberdade”.

A iniciativa, segundo Stropa, faz parte de um conjunto de ações que serão desenvolvidas pela Agepen em prol da reinserção social dos detentos. “Atualmente no país, o índice de reincidência criminal é de 70%. Queremos elevar os atuais 30% de ressocialização que conseguimos e, com certeza, esse trabalho representará um importante avanço”, acredita.

Representando a Secretaria de Justiça e Segurança Pública no evento, o superintendente de Políticas Penitenciárias, Rafael Garcia Ribeiro, destacou o papel ressocializador da religião. “São três as principais bases que permitem que a pessoa não reincida no crime: a religião, o trabalho e a educação. Diante disso, a Agepen está demonstrando que realmente está preocupada em garantir que essa reinserção seja realmente efetiva”, expressou.

Discussão nacional

Reportagem especial publicada pela Revista Adventista na edição de fevereiro mostrou que essa discussão sobre a importância da religião para a reinserção da população carcerária na sociedade vem ganhando expressividade no país nos últimos anos. Conforme destacou a matéria, embora a assistência religiosa esteja prevista na Lei de Execução Penal, instituída em julho de 1984 com o objetivo de contribuir para a prevenção do crime e orientar o retorno à convivência em sociedade, tem-se percebido a necessidade de uma revisão das normatizações em algumas unidades da federação. Isso já tem acontecido em vários estados. Conheça no link abaixo algumas dessas iniciativas e saiba como os adventistas estão levando luz para os presídios. [Equipe RA, da redação / Com informações de Keila Terezinha Rodrigues Oliveira, do site Notícias MS]

LUZ NA PRISÃO

luz na prisao-creditos-Andre-Martins-1Numa sociedade cuja população carcerária cada vez mais se multiplica, a religião oferece respostas para a ressocialização e a redução das taxas de reincidência no crime

Para saber +

Evangélicos são os que mais atuam em presídios, conclui pesquisa do Instituto de Estudos da Religião. Confira a entrevista em áudio com o coordenador do estudo:

 

Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.