Homenagens a pioneiros, lançamentos de livros e apresentação de nova série de TV marcaram Encontro de Criacionismo do Unasp, campus SP
A primeira vez que o termo criacionismo teria sido usado no Brasil foi em 1950. Na época, o professor Orlando Rubem Ritter iniciava um trabalho pioneiro na educação adventista no país, lecionando a matéria de Geologia Criacionista no curso de Teologia do Instituto Adventista de Ensino (atual Unasp, campus São Paulo). “O que havia eram referências à criação. Mas foi a primeira vez que isso aconteceu como disciplina oficial”, conta Ritter, hoje com 90 anos e uma memória privilegiada. Na década de 1970, ele escreveu duas apostilas que se tornaram uma referência para o ensino do criacionismo bíblico na época.Quase 50 anos depois, o material foi reeditado e transformado no livro Estudos em Ciência e Religião pela Sociedade Criacionista Brasileira (SCB). A obra foi lançada no último sábado, 7 de março, durante o Encontro de Criacionismo do Unasp, campus São Paulo. Por essas e outras contribuições, Ritter recebeu menção honrosa como um dos pioneiros do criacionismo no país, ao lado de outros homenageados, a exemplo do doutor Ruy Carlos de Camargo Vieira, fundador da SCB.
Além disso, cientistas de gerações mais recentes, como o pós-doutor em Espectromia de Massas e diretor executivo da Sociedade Brasileira do Design Inteligente, Marcos Eberlin, e o geólogo e doutor em Geotecnia pela USP, Nahor Neves de Souza Jr., também foram parabenizados pela relevância de suas pesquisas.Novos tempos
Nas últimas décadas, o número de publicações fundamentadas na visão criacionista aumentou. “Em 1972, quando surgiu a Sociedade Criacionista Brasileira, a literatura na área era escassa. Uma das únicas obras era a de autoria de Frank Lewis Marsh, intitulada Estudos Sobre Criacionismo, e estava com a edição esgotada”, lembra Vieira.
Hoje, além do maior acervo impresso disponível, divulgações no formato audiovisual chegam para somar. É o caso do programa Origens, que entra na grade da TV Novo Tempo no dia 10 de abril, às 19h30. O teaser do programa foi apresentado pela primeira vez ao público durante o evento no Unasp. No formato documentário, cada episódio terá duração de 30 minutos e será veiculado todas as sextas-feiras.
A nova atração, que apresenta de maneira harmoniosa a fé e a ciência, é um dos maiores projetos da emissora na atualidade. A produção começou no segundo semestre de 2014 e traz entrevistas com pesquisadores de várias áreas e países. Entre as fontes consultadas estão cientistas como James Gibson, presidente do Instituto de Pesquisa em Geociências (GRI), e Timothy Standish, doutor em Genética e professor da Universidade de Loma Linda.
“O programa busca levar as pessoas a olhar novamente para o mundo natural. O planeta está repleto de monumentos no tempo e na história. Temos fósseis, camadas geológicas e muitas outras evidências que podem levar o espectador a refletir sobre a história do mundo e principalmente a respeito de qual o propósito da existência humana”, explica a produtora e apresentadora do Origens, Mariana Venturi.
Ela observa ainda que o programa tem a preocupação de discutir temas com profundidade, porém numa linguagem acessível aos diversos públicos. [Márcio Tonetti, equipe RA]
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Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.