Igreja Adventista pretende construir um centro de pesquisas e visitação em Galápagos
Historicamente, as ilhas Galápagos, no Equador, são tidas como um reduto darwinista, embora a maioria dos turistas que vão para lá o façam simplesmente por causa das belezas do lugar e da fauna e flora exclusivas dali. Nesse contexto, Darwin é uma figura útil, já que ajuda a movimentar o turismo e tornar famoso o arquipélago “perdido” no meio do Pacífico, a cerca de mil quilômetros do continente. Mas a crença no Criador e a religião estão longe de ser extintas nas ilhas. E se depender da sede sul-americana da Igreja Adventista, o criacionismo será defendido com cada vez mais força na “terra de Darwin”.
Presença ampliada
A igreja já tem duas escolas na ilha de Santa Cruz, a mais populosa do arquipélago, mas os planos são mais audaciosos. A ideia é construir na avenida Charles Darwin um templo maior, reformar a escola e estabelecer um centro criacionista de pesquisas e visitação. A avenida é a mais frequentada do local e por ali passam milhares de turistas todos os dias, que se dirigem à Estação Científica Charles Darwin. A intenção é que além da utilidade primária desses prédios, eles sejam “testemunhas” permanentes de que a visão evolucionista não é a única explicação para a origem e desenvolvimento da vida no planeta.
Com a presença de líderes da Divisão Sul-Americana, no último dia do Encontro Sul-Americano de Fé e Ciência, 23 de julho, um certificado de minicentro criacionista foi entregue pela Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) a Monica Soria, bióloga nativa de Galápagos e ex-evolucionista. Após a mensagem apresentada pelo pastor Erton Köhler, líder dos adventistas sul-americanos, um apelo foi feito para levantar recursos a fim de que o complexo igreja/escola/centro criacionista comece a ser construído. E o valor doado por instituições e indivíduos já é suficiente para iniciar a obra.
Pilar adventista
“Acreditamos que o criacionismo é um pilar da Igreja Adventista. Esse tema não pode ficar só na cabeça dos intelectuais. Se a igreja não tiver convicção nesse ponto, vamos ver comprometidas outras crenças”, disse o pastor Erton. E dirigindo-se aos pesquisadores presentes, ele agradeceu: “A igreja tem profunda gratidão a esse grupo, que não é tão grande, mas que defende esse tema estratégico. Devemos apoiar os que já estão militando e incentivar e dar condições para as novas gerações de pesquisadores e defensores do criacionismo. Produzam conteúdos que cientistas possam ler, mas que as demais pessoas também possam compreender”, sugeriu. [Texto e fotos de Michelson Borges, equipe RA]
Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.