Saiba como ser mais participativa na vida escolar do seu filho
Comemorado no segundo domingo de maio, o Dia das Mães é uma das datas mas exploradas comercialmente. Além de aquecer a economia, ela também movimenta as escolas, que costumam realizar programações especiais e incentivar os alunos a confeccionarem cartões ou outras lembranças em homenagem à figura materna.
Em uma sociedade cada vez mais atribulada pela falta de tempo, essa é uma ocasião oportuna para aproximar não somente as mães, mas toda a família do ambiente escolar. Porém, acredito que a presença da mãe, do pai ou do responsável pelo aluno, não deve se limitar às datas especiais.
Mãe, você possui características inatas para gerar vida, doar amor, cuidar e educar. Não limite a maternidade às programações festivas da escola. Seja presente o ano inteiro. Eu sei que trabalhamos muito, temos os afazeres profissionais, domésticos e outras atividades, mas nenhum deles supera a responsabilidade de ser mãe.
Acima de todas as outras atividades, ser mãe é um privilégio concedido por Deus não somente para a procriação, mas para marcar positivamente a vida dos que nos foram confiados pelo Pai do Céu.
No entanto, hoje percebe-se uma realidade bastante desafiadora. Apesar de algumas mães serem bastante presentes, dando todo o acompanhamento e suporte necessários, outras se mostram ausentes, não tendo tempo nem mesmo para levar o filho à escola. Outras sequer confiam na escola, tirando da instituição a autoridade social formativa formal que possui.
Mas qual é o caminho para ser uma mãe mais presente na vida escolar dos filhos? Obviamente, não há receitas prontas. Entretanto, existem questões que podem ser analisadas e que conduzem à reflexão. Avalie:
- Compreendo meu papel de educadora no lar conforme a orientação bíblica?
- Entendo que sou responsável pela educação geral do meu filho e que fica a cargo da escola o ensino formal?
- Com frequência, dialogo com o orientador educacional, sem que ele tenha me convidado?
- Quantas vezes estive na escola no decorrer do ano?
- Converso regularmente com os professores?
- Quando meu filho me conta uma situação conflituosa ocorrida na escola, encaro a fala dele como única verdade, ou procuro, primeiramente, ouvir as partes envolvidas para depois tirar minhas conclusões?
- De acordo com a faixa etária de meu filho, ele compreende o que lhe compete e quais são suas responsabilidades como aluno?
- Ele respeita a escola, os professores e funcionários conforme a minha postura? Ela é boa ou ruim? O que pode ser feito para melhorar a relação entre a família, a escola e o aluno?
Essa auto-avaliação poderia incluir muitas outras perguntas. Contudo, o que precisamos entender é que o papel da mãe, assim como o do pai, não deve ser terceirizado, seja para a babá, a secretária, a televisão, a internet ou a escola.
NÁDIA TEIXEIRA é mestre em educação, psicopedagoga e pedagoga. Trabalha na CPB como coordenadora pedagógica da Universidade Corporativa da educação adventista no Brasil
Última atualização em 16 de outubro de 2017 por Márcio Tonetti.