A última vitória

3 minutos de leitura

Nossa missão nos momentos finais da história

Stanley Arco

Crédito da imagem: DSA

O livro do Apocalipse descreve uma batalha escatológica entre o bem e o mal. João teve o privilégio de ver o desfecho do grande conflito cósmico e a vitória final de Cristo. Na visão do capítulo 5, somente Jesus é capaz de “abrir o livro”, o que traz consolo ao idoso profeta. “Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para quebrar os sete selos e abrir o livro” (Ap 5:5).

Judá, uma das 12 tribos de Israel, é frequentemente associada à liderança e à força. O título “Leão da tribo de Judá” também ressalta a identidade messiânica de Jesus, visto que as profecias anunciavam um Messias que viria da linhagem do rei Davi, que pertencia à tribo de Judá.

Como o “Leão da tribo de Judá”, Cristo aparece como Aquele que venceu, o conquistador e restaurador da vida. O leão simboliza força, e Cristo é vitorioso no grande conflito com o mal. É isso que Lhe dá o direito de abrir o livro. No verso 5, o leão é símbolo de autoridade e vitória. No verso 6, aparece como um “Cordeiro imolado”, símbolo Daquele que levou sobre Si os pecados de todos nós. Essas imagens criam um contraste interessante. Enquanto o leão simboliza poder e autoridade, o cordeiro simboliza sacrifício e redenção.

João diz que Cristo “venceu”. Sua vitória é única; por isso, ninguém poderia abrir os selos, pois o ponto central do grande conflito é a integridade do caráter de Deus expresso em Sua lei. Nenhum anjo poderia ter conseguido isso. Somente Cristo, que é Deus, poderia alcançar tal vindicação do caráter divino.
Jesus, nosso Salvador divino-humano, cumpriu os requisitos. Dessa maneira, Sua vitória assegura a nossa.

“O Salvador é apresentado a João por meio dos símbolos do ‘Leão da tribo de Judá’ e de um ‘Cordeiro como tendo sido morto’ (Ap 5:5, 6). Esses símbolos representam a união do poder onipotente com o amor que se sacrifica. O Leão de Judá, tão terrível para os que rejeitam Sua graça, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis. […] O braço forte que aniquila os rebeldes será forte também para libertar os fiéis. Todo aquele que for fiel será salvo” (Atos dos Apóstolos [CPB, 2021], p. 374).

AGORA É O MOMENTO DE NOS COMPROMETERMOS COM DEUS E CONTRIBUIRMOS PARA A EXPANSÃO DO SEU REINO

A Semana Santa, intitulada “A Última Vitória”, já passou. Porém, somos desafiados a responder fielmente às demandas que surgiram, ministrando estudos bíblicos, visitando os interessados e orando com eles, vencendo e ajudando outros a vencer.

Há alguns anos, Sheila decidiu fazer isso. Ela chegou a uma comunidade desafiadora em 2021 para realizar um evangelismo. Outras tentativas já haviam sido feitas ali, mas não tinham dado resultado. Sheila pediu ajuda a Deus, e a resposta veio. Mais de 30 pessoas receberam estudos bíblicos e foram batizadas. Depois de assistir à TV Novo Tempo, Lúcia encontrou uma Igreja Adventista, onde foi acolhida, cuidada e ensinada por Sheila. Um tempo depois, sua filha, seu esposo e três sobrinhos também desceram às águas. Atualmente, Sheila ministra 80 estudos bíblicos. Usando incansavelmente o método mais eficaz, o de Cristo, ela prossegue no trabalho missionário e afirma: “É maravilhoso! É muito gratificante! É o que eu amo fazer!” A igreja, que estava vazia, agora tem 52 novos missionários.

Ellen White escreveu que “muito em breve, será travada a última grande batalha entre o bem e o mal. A Terra será o campo de batalha – o cenário da última luta e da vitória final. Aqui, onde por tanto tempo Satanás tem instigado os homens contra Deus, a rebelião será vencida para sempre” (Este Dia com Deus, 25 de outubro). Estamos vivendo na fase final da história do planeta. Agora é o momento de nos comprometermos com Deus e contribuirmos para a expansão de Seu Reino. 

STANLEY ARCO é presidente da Igreja Adventista para a América do Sul

(Artigo publicado na seção Bússola da Revista Adventista de abril/2024)

Última atualização em 26 de março de 2024 por Márcio Tonetti.