Eu vou salvar o filho do rei

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Precisamos de um trabalho urgente em equipe para resgatar os que estão presos no poço do pecado, da culpa, da angústia e da morte

Stanley Arco

Foto: Adobe Stock

Há poucos dias, o mundo acompanhou em suspense uma operação de resgate que teve um final muito doloroso. Um menino de cinco anos caiu num poço seco de 32 metros de profundidade na cidade de Ighan, em Marrocos, norte da África. Autoridades, socorristas e voluntários trabalharam incansavelmente. Salvar a vida de Rayan, que significa “filho do rei”, valeria qualquer sacrifício. Uma multidão em todo o mundo acompanhou com orações e apoio nas redes sociais, com a hashtag #SalvemRayan. Depois de 4 dias, 7 horas e 34 minutos de trabalho intenso, sem medir esforços, a equipe chegou até Rayan, mas, infelizmente, ele foi resgatado sem vida.

Ellen White relatou uma história similar acontecida na Nova Inglaterra, onde estavam cavando um poço. Quando o trabalho estava quase pronto, houve um desmoronamento, e um homem ficou soterrado. Instantaneamente, “mecânicos, fazendeiros, comerciantes, advogados correram ansiosamente para salvá-lo”, com cordas, escadas e pás. “Salvem-no, salvem-no!”, clamavam.

“Os homens trabalharam com desesperada energia. O suor lhes corria em gotas pela fronte, e os braços tremiam do esforço. Afinal, foi introduzido um tubo para baixo, pelo qual eles gritaram para o homem, a fim de saber se estava vivo ainda. Veio a resposta: ‘Vivo, mas apressem-se! É terrível aqui.’ Com uma exclamação de alegria, renovaram os esforços e, por fim, o homem foi alcançado e salvo, e a alegria que subiu aos ares parecia penetrar o próprio Céu. ‘Ele está salvo!’ ecoava por todas as ruas da cidade.”

“Seria isso zelo e interesse demasiados, demasiado entusiasmo para salvar um homem? Certamente não era; mas que é a perda da vida temporal em comparação com a da alma? Se a ameaça de perda de uma existência desperta no coração humano sentimento tão intenso, não deveria a perda de uma pessoa suscitar solicitude mais profunda em homens que professam compreender o perigo daqueles que estão separados de Cristo? Não mostrarão os servos de Deus tão grande zelo em trabalhar pela salvação de pessoas como foi manifestado pela vida daquele homem soterrado no poço?” (­Obreiros ­Evangélicos, p. 31, 32).

Há 52 anos, a Semana Santa oferece a todos uma oportunidade especial de apresentar Jesus como resgatador e restaurador de vidas

O inimigo tem feito seu trabalho com todas as gerações, e muitos estão presos no poço do pecado, da angústia, da culpa e da morte. É preciso um trabalho em equipe prioritário e urgente. Há muitos “filhos do Rei”, mesmo em sua casa, na sua família e na sua comunidade, que precisam ser alcançados, resgatados e salvos: filhos, familiares, amigos, vizinhos e outros. Precisamos trabalhar no resgate com oração, a Palavra, amizade, solidariedade e um propósito claro de salvar. Nós que fomos resgatados e restaurados precisamos, no poder do Espírito, ser resgatadores e restauradores.

Há 52 anos, a Semana Santa oferece a todos uma oportunidade especial de apresentar Jesus como o Resgatador e Restaurador de vidas. Ele deixou o Céu e desceu a este dramático “poço de pecado” para nos salvar. Na condição de “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29), Ele morreu, mas não está morto. Ele vive! O amor vive! Você pode experimentar o amor inesgotável e vivo que Ele é. Um amor que mexe com nossa vida, que não desiste, não exclui, e nos coloca como prioridade.

Você está pronto para viver e compartilhar esse amor por meio do testemunho, do estudo bíblico e da pregação em casas e igrejas? Participe (clique aqui). É pelo mandato do Senhor, pelo clamor angustioso dos soterrados no pecado, pela necessidade de ver logo a vinda de Jesus e ter uma vida nova para sempre que, pela graça de Deus, eu vou salvar os “filhos do Rei”.

STANLEY ARCO é presidente da Igreja Adventista para a América do Sul

(Texto publicado na seção Bússola da Revista Adventista de março de 2022)

Última atualização em 15 de março de 2022 por Márcio Tonetti.