Repovoar o Céu

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A Educação Adventista, que completou 125 anos no Brasil em 2021, tem uma missão sublime

Stanley Arco

Crédito da Imagem: William de Moraes / Adobe Stock

Deus criou o homem para Sua própria glória, para que, depois de testada e provada, a família humana pudesse tornar-se uma com a família celestial. Era o propósito de Deus repovoar o Céu com a família humana”, escreveu Ellen White (Carta 91, 1900).

Gênesis 1:27 relata que “Deus criou o ser humano à Sua imagem”. Porém, o pecado quase apagou essa imagem. Restaurá-la é o grande objetivo da obra da educação e da redenção, que são uma (Ellen White, Educação, p. 15, 16, 30).

Deus tem um plano sublime para nós. “O Céu triunfará, pois as vagas deixadas pelos anjos caídos de Satanás e seu exército serão preenchidas pelos redimidos do Senhor”, ela explica (Olhando Para o Alto, p. 56).

A mensageira do Senhor aborda quatro aspectos essenciais da educação: (1) natureza, que nos ensina sobre Deus; (2) Bíblia, um tesouro de recursos infinitos; (3) cultura física, proporcionando um estilo de vida equilibrado; e (4) edificação do caráter, que está acima do aspecto intelectual. “Esses princípios da educação são conceitos cruciais” (Enciclopédia Ellen G. White [CPB, 2018], p. 854).

A educação adventista foi e tem sido fundamental desde sua origem no crescimento e na consolidação do adventismo em todos os oito países da nossa Divisão. Neste ano celebramos 100 anos da Educação Adventista na Bolívia e 125 anos da Educação Adventista no Brasil.

Na Bolívia, a primeira escola adventista foi criada por Reid S. Shepard e sua esposa, Ethel Cooper, em 1921, na estação missionária de Rosario, no Altiplano Boliviano. Essa foi a maneira de evangelizar. Através da educação, eles ensinaram a ler e escrever, pregaram o evangelho e mostraram um estilo de vida mais saudável.

Em 1896 começou a funcionar o Colégio Internacional de Curitiba, a primeira escola adventista no Brasil. Foi iniciativa do pastor H. F. Graf. Ali era ensinado o alemão, além do português. Foi pela visão, dedicação e sacrifício dos pioneiros e dos que os sucederam que milhares de vidas foram educadas e redimidas.

O sistema educacional adventista está cumprindo o propósito divino ao dar a oportunidade a 323.417 estudantes no território sul-americano a se prepararem para repovoar o Céu

Representando tantas vidas transformadas, apresento Yago, de 17 anos, formando na Educação Adventista em Curitiba. Seu testemunho emociona: “Meus pais decidiram matricular meu irmão e eu no colégio adventista. O pastor do meu colégio iniciou o projeto ‘Minha Escola, Minha Igreja’, em que nos reuníamos em ações de solidariedade e para atividades espirituais. Eu já tinha marcado meu batismo numa igreja evangélica quando fui para a Missão Calebe no Paraguai, em janeiro de 2020. Foi um projeto de cinco colégios adventistas. Lá realizamos ações solidárias, Escola Cristã de Férias, estudos bíblicos e evangelismo. Foi quando decidi ser adventista. Eu e mais sete pessoas. Fui batizado na comunidade do Colégio Adventista de São José dos Pinhais. Continuo ativo e ajudo na classe bíblica. Vários adolescentes decidiram estudar na escola adventista e ser batizados em nossa igreja. Meu sonho é ir para o IAP estudar Teologia. Se não fosse a Educação Adventista, nada disso teria acontecido. Quero ser uma bênção pra muita gente!”

Meu reconhecimento e gratidão à Educação Adventista por estar cumprindo o propósito divino ao dar a oportunidade a 323.417 estudantes nos 836 centros educativos em nosso território sul-americano de se prepararem para repovoar o Céu.

A educação na Terra não está concluída. Por isso, eu o convido a se apropriar das bênçãos dela, orando, apoiando e cumprindo o mandado: “Todos os seus filhos serão ensinados pelo Senhor” (Is 54:13). O Céu aguarda para ser repovoado. Lá, nas mãos do grande Mestre, será concluída a redenção. Eu vou! Vamos?

STANLEY ARCO é presidente da Igreja Adventista para a América do Sul

(Artigo publicado na seção Bússola da edição de outubro de 2021 da Revista Adventista)

Última atualização em 11 de outubro de 2021 por Márcio Tonetti.