Viagem missionária

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O exemplo de Cristo deve nos motivar a cruzar fronteiras para que o evangelho seja pregado

Stanley Arco

Foto: DSA

A acolhedora República do Paraguai está no coração da América do Sul. Em 1903, foi organizada em Encarnación a primeira Igreja Adventista do país. Sob a liderança do pastor John McCarthy, a congregação tinha 14 membros.

Um missionário autossustentável, pastor Yuji Eida, chegou do Japão em 1969 para trabalhar com os moradores da colônia japonesa. No ano seguinte, fundou a escola e o internato japonês de Assunção. Por meio de sua amizade e ­influência, ele alcançou ao coração de pessoas sensíveis e com recursos econômicos para ajudar.

Treze anos depois, cinco famílias japonesas doaram um terreno de 120 hectares na Colônia Yguazú, na rota que liga Cidade do Leste a Assunção. Em 31 de maio de 1990 foi lançada a pedra fundamental e, dois anos depois, começaram as aulas no Colégio Adventista do Leste Paraguaio (Cadep), com pré-escola e seis séries da educação básica, contando com 68 alunos. Em 1996, o internato foi inaugurado, tendo 13 jovens matriculados. Atualmente, a ­instituição tem 145 alunos, somando o ensino fundamental e médio. Uma oferta de todas as instituições da Divisão Sul-Americana e de todos os funcionários possibilitará a construção de uma igreja para aproximadamente 400 pessoas.

Um grupo de 60 voluntários do escritório da sede sul-americana da igreja, incluindo secretárias, programadores, contadores, administradores, tradutores, enfermeiras e pastores, deixou suas atividades de trabalho durante 12 dias para servir na restauração do Cadep, realizar uma feira de saúde e oferecer serviço assistencial, médico, espiritual e evangelístico para a comunidade. Vale destacar que foi lançada a pedra fundamental do templo da instituição.

Quando nossa zona de conforto é confrontada pela cruz, somos tentados a encontrar medidas paliativas para nos manter no controle da situação

Tive a alegria de participar dessa viagem missionária. Foi renovador para mim e para todo o grupo estar ao lado de irmãos dedicados e comprometidos com o serviço e a missão. O testemunho de alguns dos participantes demonstra isso.

“Sempre pensei que para ser missionária eu teria que ser especialista na área da saúde, mas com essa missão aprendi que, mesmo sendo secretária, posso ajudar de diversas maneiras, e isso mudou meu conceito de missão”, expressou Daiana, com alegria. “Foi maravilhoso colocar em prática a letra de uma música que eu gosto muito, que diz: ‘Servir é ser um instrumento de Deus que faz o triste sorrir’”, disse Kelly, emocionada. Evaldo afirmou que experimentou “comprometimento e satisfação em poder ajudar e ser ajudado”.

O que nos move a colaborar para essa missão e fazer de nossa vida uma viagem missionária é o exemplo supremo de Cristo. O apóstolo Paulo disse: “Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus, que, mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a ­qualquer custo. Pelo contrário, Ele Se esvaziou, assumindo a forma de servo, ­tornando-Se semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em figura humana, Ele Se humilhou, ­tornando-Se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2:5-8).

A viagem missionária mais sublime foi realizada por Cristo. Ele deixou a glória, nasceu, viveu e morreu por nós. Encorajo todas as organizações da igreja a realizar pelo menos uma viagem missionária por ano, enquanto convido a todos a fazer de sua vida uma viagem missionária que permita, em breve, completar a missão e desfrutar a eternidade no reino do Céu!

STANLEY ARCO é presidente da Igreja Adventista para a América do Sul

(Artigo publicado na seção Bússola da Revista Adventista de abril/2023)

Última atualização em 10 de abril de 2023 por Márcio Tonetti.