Seminário Criacionista para Crianças

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Saiba como foi a iniciativa promovida na capital mineira

Danivia da Cunha Matozzo Wolff

Foto: Divulgação IASD do Jaraguá

Os congressos, simpósios e seminários criacionistas se popularizaram no Brasil nas últimas décadas. Geralmente esses encontros reúnem cientistas, professores, teólogos e outros interessados na área. Por entender que a perspectiva bíblica das origens também precisa ser mais difundida entre as novas gerações, no fim de julho uma comunidade adventista de Belo Horizonte (MG) promoveu o 1º Seminário Criacionista para Crianças.

Os idealizadores da iniciativa são ligados ao Departamento Infantil da Igreja Adventista do Jaraguá e contaram com o apoio do Ministério da Criança e do departamento de Educação da Associação Mineira Central, uma das sedes administrativas da denominação no estado. O palestrante convidado foi o pastor e jornalista Michelson Borges, que é editor na Casa Publicadora Brasileira e conhecido divulgador do criacionismo no Brasil. Ele falou para cerca de 240 crianças, de 5 a 14 anos, algumas das quais vieram de outras cidades para aprender mais sobre dinossauros, fósseis, animais de Galápagos e outras curiosidades que apontam para Deus como o Criador.         

Durante o seminário, o pastor Michelson, que também é autor de livros criacionistas, enfatizou que as crianças são fascinadas por dinossauros e que não devemos deixar que os evolucionistas se apropriem da mente sedenta delas para incutir ideias que não são verdadeiras, como se vê em filmes, séries, livros e, muitas vezes, nas escolas. Sobre a importância de ensinar criacionismo para as crianças, ele declarou: “A melhor forma de ensinar alguém a pensar é por meio de comparações. Infelizmente, na mídia secular e nas escolas não confessionais, o modelo da evolução das espécies sempre é apresentado como fato e única forma de entender a origem da vida. Mas não é assim. Existem falhas gritantes nessa hipótese. Por outro lado, existem evidências interessantes de que a vida foi criada com propósito, como ensina o modelo criacionista, e as crianças têm o direito de saber disso. Ensinar criacionismo é mostrar que a Bíblia e a verdadeira ciência estão de mãos dadas e nos ajudam a compreender de modo mais claro o Universo que nos rodeia.”

Trabalhos realizados pelos participantes do concurso criacionista que ocorreu paralelamente. Foto: Divulgação IASD do Jaraguá

Além das palestras, foi realizado um concurso sobre criacionismo, para o qual mais de cem crianças se inscreveram. Os trabalhos incluíram desenhos, esculturas com massinha, maquetes e até viveiros, despertando nas crianças o senso de que Deus é o Criador supremo e de que a vida tem uma origem e um propósito. O público interagiu bastante e, ao fim, fez muitas perguntas para o palestrante. “O que eu mais gostei de aprender foi que os fósseis são ‘criados’ principalmente na lama”, revelou Anita Tavares Motta, de 10 anos.

No encerramento do evento, as crianças foram presenteadas com fósseis de brinquedo escondidos em pequenas bolas de argila, para que pudessem experienciar o trabalho de um paleontólogo.

A diretora do Departamento Infantil e idealizadora do evento, Kelly Paixão, destacou que há poucos programas voltados para as crianças, e o seminário mostrou que a demanda existe. Ela planeja repetir a experiência nos próximos anos, pois entende que é preciso preparar as crianças para confrontar as ideias deste mundo.

Ellen White escreveu que, “nestes últimos dias, as vozes das crianças se erguerão para dar a última mensagem de advertência a um mundo agonizante. […] Mediante seus esforços muitas pessoas serão ganhas para a verdade. Por elas será proclamada a mensagem de Deus, e Sua salvação a todas as nações. Preocupe-se, pois, a igreja com os cordeirinhos do rebanho. Sejam as crianças educadas e preparadas para servirem a Deus, pois são a herança do Senhor” (Conselhos para Professores, Pais e Estudantes, p. 176, 177).

DANIVIA DA CUNHA MATOZZO WOLFF, doutora em Linguística, trabalha como redatora e revisora

Última atualização em 3 de agosto de 2023 por Márcio Tonetti.