Participar do Impacto Esperança é colaborar em um movimento de transformação com implicações eternas
Wellington Barbosa
Janeiro de 2004. Eu e um colega de faculdade colportávamos em Niterói (RJ). A situação estava ficando desesperadora, pois o tempo corria rapidamente, e as vendas não seguiam no mesmo ritmo.
As coisas começaram a mudar quando visitamos a Ilha da Conceição, polo metalúrgico importante da cidade. As pequenas e médias empresas ligadas à indústria naval foram receptivas ao projeto, e muitas abriram as portas para que ministrássemos nossas palestras e vendêssemos os livros.
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Em uma delas, o proprietário ficou tão empolgado com a apresentação que fez uma proposta aos funcionários: se todos decidissem ficar com os livros, ele pagaria o material e o daria de presente. E o melhor aconteceu. Todos quiseram! Louvamos a Deus por aquela venda e deixamos nas mãos daquelas pessoas dois livros: O Maravilhoso Poder das Plantas e O Grande Conflito.
Poucos dias depois, enquanto estávamos nos preparando para palestrar em uma empresa vizinha a essa, o proprietário nos viu na rua e vociferou ordens para que fôssemos ao seu escritório. Sem entender nada, meu colega foi verificar o que estava acontecendo, enquanto eu fiquei para fazer a apresentação e ofertar os livros.
Quase duas horas depois, ao voltar para o carro, não encontrei meu amigo. Fui até aquela empresa, e a recepção foi assustadora. Agressivo, o dono exigiu que devolvêssemos os cheques com os quais havia pagado os livros e recolheu todos os exemplares dos colaboradores, destinando-os ao fogo. Sua ira foi despertada por um funcionário que havia lido mais da metade de O Grande Conflito no fim de semana e questionado algumas de suas ideias religiosas. Entre as muitas ofensas e ameaças que nos fez, uma se destacou. Em determinado momento, ele encarou meu colega e disse: “Eu não tenho nada contra o seu corpo. Tenho contra a sua alma!” Por que um livro escrito há mais de um século provocaria essa reação? O que está em pauta na mensagem de O Grande Conflito?
O Grande Conflito apresenta o desfecho da controvérsia que se iniciou no Céu e terminará com o estabelecimento incontestável do reino de Deus
Cosmovisão é um termo criado no fim do século 18 que está relacionado à ideia de lente conceitual com a qual se enxerga o mundo. Estruturalmente, ela responde a cinco questões importantes: “Quem sou eu?”, “Onde estou?”, “O que está errado?”, “Qual é o remédio?” e “Que horas são?” Ao longo da história, três correntes básicas de cosmovisão foram desenvolvidas: naturalista, espiritualista e teísta. Nesta última encontra-se a cosmovisão bíblico-adventista.
Possivelmente você esteja se perguntando o que tem a ver um livro, um conceito filosófico e uma reação hostil. E minha resposta é: tudo! De maneira geral, toda cosmovisão é expressa por meio de uma metanarrativa, ou seja, uma narrativa que emoldura, articula e explica a trajetória da humanidade.
Nesse sentido, O Grande Conflito apresenta de forma didática, contextualizada e linear o desfecho da
controvérsia que se iniciou no Céu, com a rebelião de Lúcifer, e terminará com a renovação da Terra e o estabelecimento incontestável do Reino de Deus no Universo. Nele, portanto, encontramos respostas objetivas às questões que ajudam a definir a cosmovisão, e não somente isso, mas também o destino de cada ser humano. E “o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás” (Ap 12:9), não deseja que isso ocorra.
A distribuição, portanto, desse livro, é uma excelente oportunidade de cooperar com a missão divina ao anunciar às pessoas que o sofrimento pelo qual passamos em breve terá fim, que a única esperança de vida plena se encontra em Jesus e que Seu reino de paz será estabelecido para sempre. Mais do que uma campanha, participar do Impacto Esperança é colaborar em um movimento de transformação com implicações eternas. Envolva-se nessa obra de salvação!
WELLINGTON BARBOSA é editor da Revista Adventista
(Editorial da edição de abril/2023)
Última atualização em 31 de março de 2023 por Márcio Tonetti.