Casamento à vista

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Como se preparar para esse momento especial da vida a dois

Nerivan Silva

Foto: Adobe Stock

Ao criar o homem, Deus disse que não era bom que ele estivesse só. Por isso, fez “uma auxiliadora” que fosse “semelhante a ele” (Gn 2:18). Assim, o Criador instituiu o sagrado matrimônio entre um homem e uma mulher.

Ao longo da vida, o ser humano toma muitas decisões. Ele decide sobre seu estilo de vida; sobre suas amizades; sobre sua profissão, enfim! Mas uma das principais decisões que afetará toda a sua existência é o casamento. Ellen White escreveu: “O casamento é algo que influenciará e afetará sua vida tanto neste mundo quanto no futuro” (O Lar Adventista [CPB, 2021], p. 32).

Por se tratar de um passo tão fundamental, é imprescindível que haja uma preparação antes de dizer “sim” no altar. Isso inclui vários aspectos:

1. Aspectos humanos. A vida de uma pessoa passa por várias fases até alcançar a maturidade. Aliás, esse é um elemento necessário na decisão do casamento. Evidentemente, ninguém nasce estruturado emocionalmente. Maturidade é um processo que permeia toda a existência. Deus proveu para Adão uma pessoa que lhe fosse idônea. A relação do casal implicava maturidade. Por isso, “o próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma ‘auxiliadora’, alguém que o ajudasse e lhe correspondesse, que estivesse em condições de ser sua companheira e que poderia ser um com ele, em amor e companheirismo. Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar ao seu lado como igual e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos e carne de sua carne, ela era seu segundo eu, mostrando assim a íntima união e o apego afetivo que devia existir nessa relação” (O Lar Adventista, p. 20).

O casamento deve ser um testemunho a favor do evangelho e uma comprovação de que o ideal que Deus estabeleceu no Éden continua sendo válido até hoje

2. Aspectos financeiros. Certa vez, alguém disse: “Se for esperar ficar rico para poder se casar, desista.” Até certo ponto isso é real. Porém, a vida conjugal tem suas demandas. O texto bíblico diz: “O homem deixa pai e mãe” (Gn 2:24). Esse deixar também envolve questões financeiras. Ao deixar a casa dos pais, o casal deve ter em vista que um novo lar está sendo fundado. Custos, gastos e empreendimentos, com certeza, demandarão uma vida financeira bem planejada e administrada. Arnulfo Robles afirma: “Nas sessões de terapia que dirijo, ouço com muita frequência as discórdias de ambos os cônjuges sobre a administração do dinheiro” (Casamento à Vista [CPB, 2019], p. 98).

3. Aspectos eclesiásticos. Em geral, os noivos, principalmente a noiva, sonham com a realização da cerimônia matrimonial na igreja. A entrada do ministro, dos nubentes, padrinhos, convidados, a música orquestral… Tudo isso faz parte dos sonhos dos noivos. Por outro lado, algumas providências devem ser tomadas: o contato com o pastor convidado para oficiar a cerimônia; o curso de noivos (preparatório para o casamento, conforme recomenda o Manual da Igreja); o voto da igreja local para a realização da cerimônia; a elaboração de um programa cerimonial; e o decoro em harmonia com os princípios da igreja.

O casamento deve ser um testemunho a favor do evangelho e uma comprovação de que o ideal que Deus estabeleceu no Éden continua sendo válido até hoje. 

NERIVAN SILVA é editor da Revista do Ancionato

(Artigo publicado na seção Enfim da Revista Adventista de junho/2024)

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Última atualização em 6 de junho de 2024 por Márcio Tonetti.