Reunião administrativa da Igreja Adventista, prevista para maio deste ano, foi postergada para junho de 2022
Da Redação
A situação atual da pandemia nos Estados Unidos e no mundo levou a liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia a adiar pela segunda vez a data da reunião administrativa mais importante da denominação. Por 185 votos favoráveis e apenas 9 contra, a 61ª Assembleia da Associação Geral, prevista inicialmente para ocorrer nos dias 25 de junho a 4 de julho de 2020 e depois para 20 a 25 de maio deste ano, foi remarcada para o período de 6 a 11 de junho de 2022.
A decisão foi tomada no dia 12 de janeiro durante uma sessão virtual, com base em relatórios da área da saúde e pareceres logísticos e jurídicos. Os membros da Comissão Executiva da sede mundial da igreja (cuja sigla em inglês é EXCOM) entenderam que, devido à persistência da pandemia de Covid-19 e seus impactos duradouros na saúde pública global, o melhor é evitar as viagens. Outro entrave é a dificuldade de obter vistos internacionais.
Com o voto tomado pela Comissão Executiva da igreja, a assembleia deve ocorrer quase dois anos depois da data que havia sido estabelecida originalmente, o que está previsto nos regulamentos da denominação.
O pastor Ted Wilson, líder mundial dos adventistas, começou a reunião, que teve duas horas de duração, ressaltando os esforços da equipe que tem se dedicado ao estudo da viabilidade e ao planejamento da próxima reunião administrativa global.
Wilson acrescentou que as recomendações têm partido de vários grupos, incluindo oficiais das sedes administrativas continentais, profissionais de saúde, gestores da Adventist Risk Management (ARM), membros do Gabinete do Conselho Geral e outros líderes da igreja. “Essa não é, portanto, uma recomendação vinda diretamente dos três oficiais da Associação Geral”, ele fez questão de ressaltar. “É algo que veio de uma infinidade de informações e conselheiros”, completou.
Na ocasião, Peter Landless, líder mundial do departamento de Saúde, mostrou estatísticas da Covid-19 e analisou as implicações de realizar um evento dessa magnitude num cenário pandêmico ainda bastante crítico. Ele chamou a atenção para o número crescente de infecções em vários países e o surgimento de novas cepas do vírus, bem mais contagiosas. “Temos consultado especialistas internacionais e levado em consideração as maiores necessidades e preocupações nesse momento. Considerando este momento difícil, o Ministério de Saúde da Associação Geral acredita que seja uma medida prudente e prática adiar a reunião para 2022”, o médico declarou.
Já a diretora de planejamento das reuniões da Associação Geral, Sheri Clemmer, descreveu alguns dos principais desafios para uma grande reunião envolvendo delegados vindos do mundo todo, enfatizando a questão da dificuldade de visto de visitante e as quarentenas obrigatórias para quem viria de fora. Sheri também falou sobre os protocolos de segurança estabelecidos pelo governo de Indianápolis, cidade que sediará o evento, para eventos desse tipo.
Por sua vez, G. T. Ng, secretário executivo da sede mundial, apresentou dados coletados nas treze Divisões sobre a probabilidade de os delegados poderem comparecer à assembleia caso ela fosse mantida para os dias 20 a 25 de maio. De acordo com ele, os principais desafios expressos por aqueles que foram consultados envolvem proibições de viagens, restrições de quarentena e problemas na obtenção de visto para os Estados Unidos.
Vale ressaltar que, atualmente, a constituição da Associação Geral não permite a participação eletrônica em suas Sessões Quinquenais. No entanto, durante o Concílio Anual de outubro os membros do Comitê Executivo da igreja decidiram encaminhar para votação na 61ª Assembleia da Associação Geral a proposta de uma emenda que prevê a participação virtual dos delegados nas assembleia mundiais e o voto a distância.
[Da Redação / Com informações da Adventist News Network e da Adventist Review]