Por que St. Louis

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Conheça a cidade-sede da 61ª assembleia mundial e as razões que levaram a igreja a escolhê-la novamente

Marcos De Benedicto

A 62ª Assembleia da Associação Geral, em 2025, ocorrerá em St. Louis (EUA). Então por que o evento de 2022 também está sendo realizado na mesma cidade? A resposta é simples e pragmática: com o adiamento da assembleia de 2020 para este ano, devido à pandemia, Indianápolis não poderia hospedar a grande convenção adventista na data prevista; já a cidade do Missouri não somente pôde receber os representantes da igreja, como também facilitou a logística e minimizou o investimento. Mas o que tem a cidade de especial e que relação poderíamos estabelecer com a igreja?

Porta de entrada para o Meio-Oeste norte-americano, St. Louis é uma cidade histórica. Fundada em 1764, ela está localizada às margens do rio Mississippi, na divisa entre o Missouri e Illinois. A região era um importante centro da cultura nativa, com muitos templos dos dois lados do rio. A cidade em si tem pouco mais de 300 mil habitantes, mas, considerando a região metropolitana, a população salta para cerca de 2,8 milhões. Em 1904, ela sediou a Feira Mundial e a primeira Olimpíada fora da Europa. Na primeira metade do século 20, tornou-se o destino de um grande contingente de migrantes afro-americanos que deixaram o Sul do país em busca de melhores condições de vida. Essa característica cultural é um lembrete de que a igreja precisa alcançar pessoas de todas as tribos e nações.

St. Louis, que já sediou a assembleia de 2005, e o característico Arco (Gateway Arch), símbolo da cidade e do estado. Foto: Wikipedia

O Gateway Arch, com 200 metros de altura, concluído em 1965, homenageia a expansão para o Oeste no século 19, em especial o espírito dos pioneiros norte-americanos que queriam conquistar novas fronteiras. Nesse sentido, a cidade prefigura o espírito que caracteriza a 61ª Assembleia da Associação Geral, com sua ênfase em um novo mundo representado pela volta de Jesus e o chamado ao envolvimento na missão.

A cidade foi fundada por franceses e, assim como São Luís do Maranhão, foi nomeada em homenagem ao imponente Luís IX, rei da França de 1226 a 1270, santo católico e guerreiro das Cruzadas. A história conta que o rei Luís IX valorizava a justiça, tendo introduzido um sistema em que o rei era o juiz supremo. Ele chegava a ficar dias sob um carvalho no castelo ouvindo as pessoas. Era um conciliador.

Independentemente do lado histórico, a assembleia de St. Louis está sendo um momento de reflexão, após os embates de San Antonio a respeito da ordenação das mulheres ao ministério. Muita coisa mudou de 2015 para cá. O mundo viveu uma pandemia que matou mais de 6,3 milhões de pessoas, as corporações e a igreja descobriram o potencial da tecnologia para realizar reuniões a distância, o mundo ficou mais sombrio.

A cidade é também classificada entre as dez mais violentas e perigosas dos Estados Unidos, frequentemente ocupando a posição de número 1. Isso relembra que vivemos em um mundo marcado pelo crime e os desafios de evangelizá-lo com o evangelho da paz. A presença adventista nessa área é um bom começo. Na região do Missouri e de Illinois há duas Uniões e quatro Associações.

Missouri Botanical Garden, o belo jardim localizado em St. Louis. Foto: Wikipedia

Ao mesmo tempo, St. Louis tem mais de cem parques, com destaque para o Forest Park, que tem 5,38 km2 e existe desde 1876, e o Missouri Botanical Garden, com mais de 6,6 milhões de espécimes. Os adventistas apreciam essas maravilhas da natureza, mas celebram o Criador de toda a natureza e aguardam a inauguração de um jardim que não tem igual no mundo.

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